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Mostrando postagens de 2006

UM DIÁRIO FEMININO NO SÉCULO XIX EM PARACATU

Por José Aluísio Botelho INTRODUÇÃO: Gilberto Freire ao elaborar sua grande obra “Casa Grande e Senzala”, relatou não ter encontrado em suas pesquisas nenhum diário escrito pelas Sinhás e Sinhazinhas das casas grandes do período colonial e imperial, certamente pelo elevado índice de analfabetismo entre as mulheres daquela época, mesmo que pertencessem as elites locais. Pois bem, o objetivo desse trabalho é apresentar um "diário feminino", na verdade anotações feitas pela minha tataravó Cândida de Melo Álvares, acerca dos fatos que ela julgou serem os mais importantes ao longo de sua vida a partir de seu casamento com o Tenente-coronel Domingos Pimentel de Ulhoa. O curioso é que não há nenhuma referência à sua infância e juventude neste diário, talvez por ter se perdido em alguma gaveta do tempo. Vamos a ele, literalmente: O casamento “Casei-me a 15 de Novembro de 1840, tendo a idade de 20 anos e o marido 25.” Os Filhos “Nasceu nossa primeira filha, Adelina

FAMÍLIA GONZAGA

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA GONZAGA – TRONCO DE PARACATU Essa família iniciou-se em 1790, pelo casamento do Capitão Luiz José Gonzaga de Azevedo Portugal e Castro, fiscal da fundição do ouro em Sabará – MG, em 1798, no Rio de Janeiro, com Anna Joaquina Rodrigues da Silva, natural do mesmo Rio de Janeiro, e tiveram oito filhos, listados abaixo: F1 – Euzébio de Azevedo Gonzaga de Portugal e Castro; F2 – Platão de Azevedo Gonzaga de P. e Castro; F3 – Virgínia Gonzaga; F4 – Florêncio José Gonzaga; F5 – VALERIANO JOSÉ GONZAGA; F6 – Luiz Cândido Gonzaga; F7 – José Caetano Gonzaga; F8 – Rita Augusta Gonzaga. F5 - Valeriano José Gonzaga, natural de Curvelo,Mg, nascido em 21.07.1816 e falecido em 1868 em Paracatu, casou em 21.07.1836, com Felisberta da Cunha Dias, nascida em 15.08.1821 e falecida em 10.08.1910, natural de Curvelo; foi nomeado Tabelião de Paracatu, tendo mudado para o lugar em 1845, aonde tiveram os filhos: N1 - Eusébio Michael Gonzaga, natural de

OS AFFONSECA E SILVA

Por José Aluísio Botelho Os portugueses, originários da freguesia de São Mamede da cidade de Valongo, Bispado do Porto - Manuel, Domingos, José (?) e João de Afonseca e Silva*, parentes próximos, imigraram para o Brasil por volta de 1772 e se estabeleceram no arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu em Minas Gerais, aonde fizeram fortuna na mineração do ouro e deixaram numerosa descendência.  Nota: Em um documento de Aplicação Sacerdotal do padre Eustáquio José de Carvalho, datado de 1796, Manoel e Domingos da Afonseca e Silva foram arrolados como testemunhas no processo, onde Manoel declara ser solteiro e ter 40 anos pouco mais, pouco menos, enquanto Domingos declara ser branco, casado, morador no arraial há 24 anos, de idade de 45 anos, ambos naturais de São Mamede de Valongo, Bispado do Porto.  *Não obtivemos provas documentais para comprovação do grau de parentesco entre eles. O tronco ascendente e descendente de Domingos de Afonseca e Silva é o que transcreveremos a

REZENDE COSTA: TRONCO PARACATUENSE

Por José Aluísio Botelho O tronco dos Rezende Costa iniciou em Paracatu, a partir do casamento realizado na Matriz de Santo Antonio da Manga de Paracatu em 05/08/1834, entre o Major José de Rezende Costa, natural de Araxá, e sua prima dona Josefa Emília Carneiro de Rezende, natural de Paracatu, filha de Manoel Carneiro de Mendonça e de D. Victória Baptista Roquete Franco. O major José de Rezende Costa era filho de Antonio da Costa Pereira, natural do arraial da Lage, termo da Vila de São José, hoje Tiradentes , e de Anna Luisa de Jesus, natura l de São José Del Rei, hoje Tiradentes. *Neto paterno de José de Rezende Costa, inconfidente (essa ascendência não é fidedigna, à falta de documentos probatórios e conflitos de datas, e pode ser um blefe genealógico), e trineto (sic) de outro José de Rezende Costa, natural de Prados, Mg, também inconfidente, e de Anna Alves Preto, natural dos Açores(* obs: esta ascendência foi transcrita da obra do genealogista Arthur Vieira de Rezende -

POVOADORES DE PARACATU

Por José Aluísio Botelho Entre 1736 e 1744, segundo documentos oficiais e alguns historiadores, o " Arraial de Sam Luiz e Sant'Anna das Minas do Paracatu" começou a florescer com a descoberta de jazidas de ouro de aluvião em seus ribeirões. Oficialmente o seu descobridor foi José Rodrigues Fróes, que em 1744, comunicou os descobertos de ouro ao governo colonial. Listamos a seguir, alguns nomes e sobrenomes dos que lá chegaram nos primórdios do Arraial e são troncos de quase todas as famílias de Paracatu . A) SESMARIAS (listagem parcial, pois é muito numerosa) 1727 Francisco Alves dos Santos - obteve sesmaria nas cabeceiras do Rio Paracatu; 1728 Inácio de Oliveira - obteve sesmaria na barra do Rio Preto; José dos Santos; 1737 Padre Francisco Palhano; 1741 José Vieira de Melo e André Martins Neto; 1745 Pedro Gomes Santiago, Manoel Martins Viana, Clara Correia de Carvalho, Antônio Rodrigues Paiva, Padre João Cardoso (faz. Canabrava), José Dionísio de Almeid