Pular para o conteúdo principal

ROQUETE FRANCO


Por José Aluísio Botelho      

Família iniciada em Paracatu na década de 1770, com o 
casamento do capitão José Batista Franco, natural de Itacambira, Minas Gerais, filho do guarda-mor Manoel Batista Franco e de Maria da Conceição Nunes de Oliveira, com Caetana Maria Roquete, filha de Pedro Antonio Roquete e de Caetana Maria da Silva, falecida em 1846. Percorrendo os livros de registros de terras públicas relativos à Paracatu, entre 1854 e 1856, deduz-se que foram abastados proprietários de terras em Santana dos Alegres (atual João Pinheiro). Filhos descobertos:
A – Josefa Maria Batista Roquete Franco, nascida em 1780, casada com o coronel João José Carneiro de Mendonça – 1º tronco da família Carneiro de Mendonça, com descendência em Araxá e Rio de Janeiro;
B – Joaquim Antonio Roquete Franco, casado com Francisca Pimentel Barbosa, filha do comendador Joaquim Pimentel Barbosa e de sua primeira esposa Josefa Soares de Sousa.
Filhos:
B1 – Josefa Roquete Franco, esposa do médico Dr. Joaquim Pedro de Melo, seu tio, por ser ele, filho natural do comendador Joaquim Pimentel Barbosa; 
B2 – Alzira Roquete Franco, casada com seu tio Augusto Pimentel Barbosa, falecido em 17/01/1908.
Filhos:
Tn1 - Eduardo Augusto Pimentel Barbosa (1850-1904), deputado estadual mineiro, deputado federal, professor de português na antiga escola normal de Paracatu;
Tn2 – Augusta Pimentel Barbosa, professora na escola normal de Paracatu, casada com Fernando Gonçalves de Ulhoa;
Tn3 - Afonso Pimentel Barbosa;
Tn4 - Francisca Pimentel Roquete, foi casada;
Tn5 - Joaquim Antônio Pimentel Barbosa;
C – Vitória Batista Roquete Franco, casada que foi com Manoel Carneiro de Mendonça, 2º tronco em Paracatu, da família Carneiro de Mendonça, com vasta descendência em Paracatu, Triângulo Mineiro e Goiás;
D – Pedro Antonio Roquete Franco, falecido em 20/08/1829, casado que foi com Maria Antônia de Melo Franco, falecida em 27/10/1855, filha de Manoel da Costa Cardoso e de Bárbara de Melo Franco; filho:
D1 - Pedro Antonio Roquete Franco, falecido em 01\03\1882; foi casado com Ana de Melo Albuquerque, pais de pelo menos:
D1.1 Trajano Roquete Franco, casado com descendência;
D1.2 Enéas Roquete Franco, casado com descendência;
D1.3 Maria Lavínia Roquete Franco, viveu em Paracatu;
D1.4 Manoelita Roquete Franco; casada em 23/11/1892 em Paracatu com o desembargador Tito Fulgêncio Alves Pereira, natural de Minas Novas, filho natural do deputado Manoel Fulgêncio Alves Pereira e de Ludovina de Magalhães;
E – Júlio Antonio Roquete Franco; foi o último guarda-mor das Minas da vila de Paracatu do Príncipe, cargo assumido em 1816; foi casado com Clara Soares de Siqueira; filhos descobertos:
E1 - Francisco, nascido em 08/03/1817;
E2 - José Antonio Roquete Franco, nascido em 1821;
E3 - Coronel Justino Batista Roquete Franco, nascido em 1823, casado em 1849 com Mariana Pimentel de Ulhoa, nascida em 1819, viúva de Francisco de Melo Franco Bueno, falecido em 1844;
E4 Francisca Antônia Roquete Franco, falecida em 1896; casada com Honório Batista Franco;
F – Coronel Eduardo Antonio Roquete Franco, casado que foi com Maria Pimentel Barbosa, a segunda do nome, filha do comendador Joaquim Pimentel Barbosa e de sua primeira esposa Josefa Soares de Sousa.
Filhos:
F1 – Eduardo Antonio Roquete Franco;
F2 – João Jaques Roquete Franco, o poeta Janjão, descobridor e divulgador da obra literária e musical do padre Domingos Simões da Cunha, nascido em 1828 e falecido em 04/09/1880; casou em 20/01/1848 com sua tia Flávia Augusta Pimentel Barbosa, nascida em 1830 e falecida em 04/04/1860, filha do Comendador Joaquim Pimentel Barbosa e de Ana Maria de Melo Franco; filha:
F2.1 Carolina Roquete Pimentel;
F3 – Melchior Roquete Franco;
F5 – José Roquete Franco;
F6 – Flávia Roquete Franco;
F7 – Augusto Roquete Franco;
G – Flávia Domitília Batista Roquete Franco, falecida solteira, sem descendência;
H – Maria Basília Batista Roquete Franco, casada que foi com capitão Manoel Pacheco de Carvalho, abastado proprietário rural no distrito de Alegres, hoje João Pinheiro; filhos:
H1 - Fernando Pacheco Franco;
H2 - Manoela Pacheco de Carvalho, casada com Joaquim de Melo Albuquerque, nascido em1809 e falecido em 14/11/1880, com descendência;
H3 - Francisco Pacheco de Carvalho, falecido solteiro;
H4 - Matilde Pacheco de Carvalho, casada em 1833 com José Carneiro de Mendonça;
I – Francisca Inocência Roquete Franco, casada que foi com o comendador Joaquim Pimentel Barbosa, ocupando o segundo leito, com descendência;
J - Tenente José Batista Franco Júnior, nascido em 1775, casado entre 1806 e 1807 com Mariana Rodrigues Fróes;
K - João Batista Roquete Franco, falecido em 1882; casado com Maria Pimentel Barbosa, filha do capitão Domingos José Pimentel Barbosa e de Mariana Barbosa de Moura.
Nota: o casal Pedro Antônio Roquete e dona Caetana da Silva tiveram o filho coronel Francisco Antônio Roquete, batizado em 02/06/1758 no arraial de Paracatu. 
Em documentos compulsados no projeto resgate da Biblioteca Nacional, encontramos notícias dele, que seguiu a carreira militar: - declara ele, que sentou praça voluntária no Regimento de Cavalaria regular em Vila Rica(Ouro Preto) no posto de Cadete em 1785, e lá permaneceu durante 15 anos;- em 05/09/1801 torna-se tenente de Cavalaria em São João Del-Rei: "Hei por bem fazer mercê a VAR de o nomear Tenente de 2º Regimento de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais"; - Passa ao Reino, após receber licença de seu batalhão. Porém, transgride a norma, e permanece em Lisboa extrapolando a licença; suplica e obtém perdão real, solicitando ele ajuda em dinheiro para retornar à colônia e ao seu batalhão; no mesmo ano de 1801, pede transferência para a Vila de Paracatu, onde vive sua mãe "muito velha" e seus irmãos.
Foi comandante do batalhão de Paracatu entre 1802 e 1810. 
Não se tem notícia ter sido casado e/ou se deixou filhos legítimos ou naturais.
Disponibilizamos a imagem de seu batismo, mesmo estando em mau estado de conservação.

FONTES:
1 Arquivo Pessoal;
2 Arquivo Público Mineiro - Terras Públicas;
3 Livro paroquial da igreja matriz de Santo Antônio da Manga de Paracatu - Arquivo Público de Paracatu;
4 Projeto Resgate da Biblioteca Nacional - verbete: Francisco Antônio Roquete. 
Outubro de 2014. Atualizado em novembro de 2017.

Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr...

NOTAS GENEALÓGICAS - FAMÍLIAS PIONEIRAS

Por José Aluísio Botelho FURTADO DE MENDONÇA (ILHA DO FAIAL, AÇORES) 1 Antônio Furtado de Mendonça, natural da ilha do Faial, Açores, filho de Francisco Furtado de Mendonça e de Francisca da Luz, casou nas Minas do Paracatu com Teresa Maria do Carmo, filha de José Gonçalves Chaves e de Maria Gonçalves; pais de: 1.1 Rosa, batizada em 02/06/1774; vide imagem: Foi casada em 1791 com Miguel Pereira Furtado, pais de: 1.1.1 Manoel, batizado em15/05/1815 e nascido em 15/08/1814; 1.2 Suzana ou Cesarina Furtado de Mendonça, casada com Antônio de Sousa Oliveira, pais de: 1.2.1 Antônia, nascida em 09/01/1814 e batizada aos 03/02 do dito ano; 1.2.2 Júlio, nascido em 19/12/1815 e batizado em 01/07/1816. OUTROS SEM VÍNCULOS A Manoel Furtado de Mendonça casado com Clara de Oliveira Braga, pais de: A1 Rosa, nascida em 01/07/1816 e batizada em 27/12/1816; A2 José, nascido em 07/12/1814 e batizado em 15/05/1815; A3 Antônio, batizado em 22/09/1817; Fazenda Saco d...

REIS CALÇADO - UMA FAMÍLIA JUDIA NA PARACATU DO SÉCULO XVIII

Por José Aluísio Botelho  Eduardo Rocha Mauro Cézar da Silv a Neiva   Família miscigenada, de origem cristã nova pela linha agnata originária do Ceará . Pois

FRAGMENTOS DE GENEALOGIAS

Por José Aluísio Botelho Diante da falta quase completa de documentos primários, reunimos indivíduos que viveram nos tempos do arraial e da vila, e que carregavam os sobrenomes transmitidos a descendência, abaixo assinalados: OS LOPES DE OLIVEIRA Nos tempos de arraial Inicia-se a família Lopes de Oliveira, com a presença de Manoel Lopes de Oliveira, já miscigenad a, com a união de Manoel Lopes de Oliveira com Catarina, negra mina; o casal teve um filho nascido nas Minas do Paracatu, que descobrimos: Antônio Lopes de Oliveira, que com Marcelina Ribeira, filha de Francisco Vaz Salgado, natural do Porto, Portugal e de Maria Ribeira, negra mina, continuaram o processo de caldeamento da família com o nascimento de seus filhos; Descobrimos dois filhos nos assentos de batismos do arraial: 1 Tereza, nascida em 18/6/1774 e batizada aos 26 do dito mês e ano; Tereza Lopes de Oliveira, casada ca. 1787 com Custódio Pinto Brandão, com registro de provisão de casamento no Ca...

GUARDA-MOR JOSÉ RODRIGUES FRÓES

Por José Aluísio Botelho             INTRODUÇÃO  Esse vulto que tamanho destaque merece na história de Paracatu e de  Minas Gerais, ainda precisa ser mais bem estudado. O que se sabe é que habilitou de genere em 1747 (o processo de Aplicação Sacerdotal se encontra arquivado na Arquidiocese de São Paulo), quando ainda era morador nas Minas do Paracatu, e embora fosse comum aos padres de seu tempo, aprece que não deixou descendentes*. Que ele foi o descobridor das minas do córrego Rico e fundador do primitivo arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, não resta nenhuma dúvida. De suas narrativas deduz-se também, que decepcionado com a produtividade das datas minerais que ele escolheu, por direito, para explorar, abandonou sua criatura e acompanhou os irmãos Caldeira Brandt, que tinham assumido através de arrematação o 3º contrato de diamantes, rumo ao distrito diamantino. Documento de prova GENEALOGIA  Fróis/Fróes -...

ULHOA - ESBOÇO GENEALÓGICO

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA ULHOA, DO VALE DO ULLA NA GALÍCIA ATÉ PARACATU EM  MINAS GERAIS Para saber mais, leia neste blog :  Coronel Sancho Lopes de Ulhoa e seus descendentes A) - Origem do apelido: do rio ULLA, na Galícia, que passou a ser Ulló (olho), depois Ulloa e hoje Ulhoa. Também provêm do hebraico hurscha (floresta) e/ou de uxna, forma adaptada ou corrompida de Yehoshua. 1) - Dom Férnan Sanches de Ulló, o primeiro Ulhoa de que se tem notícia e que viveu pelos anos de 756, visigodo, dono das terras n o vale do rio Ulla; 2) - Dom Lopo Ruiz de Ulló (1120);    Vale do Rio Ulla by Isidro Cea 3) - Dom Fernão Lopes de Ulló (1212), casado com Maria Martinez; 4) - Dom Lopo Sanches de Ulló, casado com Mayor Gomes de T rastamara; 5) - Dom Sancho Lopes de Ulloa, rico homem galego, primeiro Senhor de Vilamayor de Ulloa (barão), casado com Urraca Perez de Sotomayor; para saber mais: Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui p...