Pular para o conteúdo principal

SÉRIE - PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 13 - COSTA COIMBRA/JOSÉ COIMBRA

Por José Aluísio Botelho
Eduardo Rocha e Mauro Cézar Silva Neiva


A esmagadora maioria dos portugueses que imigraram para o arraial do ouro, vieram do

norte daquele país. Com o português Custódio José Coimbra não poderia ser diferente: natural da freguesia de Duas Igrejas, Concelho de Paredes, bispado do Porto, região norte de Portugal, onde nasceu aos 7/6/1731 e foi batizado aos vinte e um dias do dito mês e ano, filho legítimo de Manoel Mendes e de Joana da Costa. Nas minas, casou com Ana Francisca da Pureza, natural da capitania de Goiás, filha de Paulo Francisco Guimarães, português, e de Eufrásia Cardoso. Viveu nas Minas um irmão de Custódio, Manoel Mendes Coimbra, inventariado em 1766.                    
                                                                                      
Batismo de Custódio

Filhos:
 
1 – Porta estandarte Joaquim José Coimbra, batizado em 08/11/1758 e falecido por volta
de 1806; casado Josefa Pereira de Souza; proprietário da fazenda do Mimoso, Entre Ribeiros, município de Paracatu.
Inventário: 2ª vara cx.1799/1808.
Filhos:
1.1 – João José Coimbra, falecido em 07/1837; casado com Francisca Pereira de Carvalho; senhores e possuidores da fazenda Saco, Entre Ribeiros.
Inventário: 2ª Vara cx.1837.
Filhos:
1.1.1Ana Maria de Jesus, casada com 
Joaquim José de Ulhoa; filho descoberto:
1.1.1.1 - Targino José Coimbra, nascido em 1840;
1.1.2Maria José das Neves, casado com Bertoldo de Souza Matos;
1.1.3Joaquim José Coimbra, nascido em 1811; foi casado com Severina Pereira de Castro;
1.1.4 Florência Maria de Jesus, casada 
com Manoel de Souza Matos;
1.1.5 – Custódia Maria de Jesus; casada com João Rodrigues Barbosa;
1.1.6João José Coimbra Júnior, nascido em 1817;
1.1.7Antônio José Coimbra, 14 nos no inventário do pai (1823); filhos com N:
1.1.7.1 João da Malta Coimbra, nascido em 1846;
1.1.7.2 Raimundo José Coimbra, nascido em 1848;
1.1.7.3 Matias José Coimbra, nascido em 1849;
1.1.8Custódio, 12 nos no inventário do pai (1825);
1.2 – Antônio José Coimbra, falecido em  
07/021827; casado com Francisca Maria Ribeiro, senhores e possuidores da fazenda do Mimoso..
Inventário: 2ª Vara cx.1830/1832.
Filhos:
1.2.1 – Ana Francisca Ribeiro, 18 anos; 
casada com José Maria Caldeira, falecido em 24/05/1850; foram moradores em Guarda-Mor, MG.
Inventário: 2ª Vara cx.1851.
Filhos:
1.2.1.1 –Joana, 14 anos no inventário do pai; foi casada com Basílio Antônio da Costa;
1.2.1.2 – Antônio, 8 nos no inventário do pai;
1.2.1.3 – Maria, 3 anos no inventário do pai;
1.2.2 – Eduardo, 16 anos;
1.2.3 – Inês de Assunção Cortes ou Ribeiro,15 anos, casada em 1930 com José 
Esteves Campos, moradores na fazenda Roncador, Catalão, Goiás; viúva, casou-se segunda vez com Francisco de Oliveira Barreiros.
1.2.4 – José, 14 anos incompletos;
1.2.5 – Matilde, 10 ou 11 anos;
1.2.6 – Manoel, 7 anos;
1.2.7 – Francisco, 5 anos;
Nota: idades informadas nos inventários;
1.3 – José Pereira Coimbra, 22 anos (1786);
1.4 – Custódio José Coimbra, 18 anos (1790); teve o filho João José Coimbra, nascido em 1817;
1.5 – Teodora Pereira da Silva, 16 anos (1792);
1.6 – Ana Pereira de Souza, 14 anos (1794);
1.7 – Joana Pereira de Souza, 12 anos (1796); falecida solteira em 1823. 
1.8 José Pereira de Sousa, falecido em 1823, deixou os filhos menores Antônio e Maria;
1.9 Maria José das Neves (Pereira de Souza) com 26 anos em 1823;
1.10 Francisca Pereira de Sousa com 20 anos em 1823;
2 – Custódia Maria de Jesus ou Coimbra, batizada em 1764. Foi casada com Manoel Ribeiro dos Santos, ambos já falecidos em 1810, quando foram inventariados. Filhos:
2.1 Manoel Ribeiro dos Santos, com 14 anos;
2.2 Euzébia, com 12 anos;
2.3 Custódia, com 10 anos;
2.4 Maria, com 8 anos;
2.5 Antônio, com 6 anos;
2.6 Francisca. com 4 anos;
2.7 Tereza, falecida com cerca de 1 ano.                                                                                       

Batismo de Custódia
 
3 – Manoel da
 Costa Coimbra, batizado em 
20/06/1766, sem mais notícias;                                                                                 
Batismo Manoel

4 – José da Costa Coimbra, falecido por 
volta de 1809; casado com Maria Francisca de Oliveira, falecida em 1828; senhores e possuidores da fazenda Larga do Nazaré e Botas.
Inventários: 2.ª Vara cx. 1808/1810 e 1828-1829/Volume 04.

Filhos:

4.1– Francisca Izabel Oliveira, casada com 
João de Deus Ribeiro, falecidos; foram moradores no termo de Santa Luzia, Goiás; filhos:
4.1.1 Ana Francisca Ribeiro casada com Ignácio Antônio de Oliveira;
4.1.2 Francisca Izabel da Silva, casada com o Alferes Antônio Joaquim da Silva
4.2 – Josefa da Costa Coimbra, casada com Luiz França Pinheiro;
4.3 – Joaquim Costa Coimbra, casado com 
 Custódia Maria de Jesus;
4.4 – José Costa Coimbra, casado com Rita Rufino Miranda;
4.5 – Manoel da Costa Coimbra, falecido em 1828 no termo de Santa Cruz, Goiás; filhos de mãe cujo nome se ignora:
4.5.1 João;
4.5.2 Maria;
4.5.3 Filho póstero;
4.6 – Clara Izabel Oliveira, nascida em 1795; 
casada com Antônio Rabelo de Souza, falecido em 1830; foram moradores na fazenda do Ambrósio.
Inventário: 2ª Vara cx.1830/1832.
Filhos:
4.6.1– Francisco nascido em 1815, falecido solteiro;
4.6.2 – Joaquim, nascido em 1822, casado com Rosa Borja Furtado;
4.6.3 – José Rabelo de Souza; foi casado com Custódia Borja Furtado, filha de Francisco Borja Furtado e de Rosa Pessoa Vasconcelos; moradores na fazenda do Ambrósio.
Inventário: 2ª Vara cx.1859.
Filhos:
4.6.3.1 – Antônio nascido em 1843;
4.6.3.2 – Augusto Rabelo de Sousa, nascido em 1844; casado com Delcira Martins Correia; moradores na fazenda Santa Rosa.
Filhos:
4.6.3.2.1 – Augusto Rabelo de Sousa Júnior;
4.6.3.2.2 – Agnelo Rabelo de Sousa, casado com Izabel de França Pinheiro.
Inventário: 1ª Vara cx. I –51.
4.6.3.2.2.1 – Carolina Rabelo de Sousa; foi casada com Olímpio Bento Martins; filho:
4.6.3.2.2.1.1 – Sebastião Bento Martins;
4.6.3.2.2.2 – Zulmira Rabelo de Sousa; foi casada com 
Domingos Xavier;
4.6.3.2.2.3 – Amália Rabelo de Sousa; foi casada Benedito Bento Ribeiro;
4.6.3.2.2.4 – Agenor Rabelo de Sousa;
4.6.3.2.2.5 – José Rabelo de Sousa;
4.6.3.2.2.6 – Pedro Rabelo de Sousa,
 nascido em 1915; foi casado com Anita Batista Fonseca;
4.6.3.2.2.7 – Manoel Rabelo de Sousa, nascido em 1916;
4.6.3.2.2.8 – Belízia Rabelo de Sousa; foi casada com Olavo Jordão de Carvalho;
4.6.3.2.2.9 – Rosa Rabelo de Sousa, 18 anos; foi casada com José Martins Borges;
4.6.3.2.2.10 – João Rabelo de Sousa; foi casado com Adília Bento Martins;
4.6.3.2.3 – Jacinta Rabelo de Sousa, nascida em 1846; casada com Joaquim Alves de Sousa;
4.6.3.2.4 – Virgílio Rabelo de Sousa, nascido em 1848, casado com Ana Machado de Freitas, filha do português Antônio Machado de Freitas (Sobre ele: nascido em 14/7/1819, na freguesia de São Martinho do vale de Bouro, Celorico de Basto, distrito de Braga, filho legítimo de Manoel Antônio da Silva, falecido em 4/10/1880, e de Rosa Maria Machado, falecida em 4/7/1879 na terra natal; neto paterno de Manoel da Silva e de Luíza Teresa de Freitas; neto materno de Francisco Machado e de Custódia de Oliveira; Antônio Machado de Freitas veio para o Brasil ainda jovem e se estabeleceu em Paracatu, onde amealhou considerável fortuna no comercio e no empréstimo de capital. Tornou-se na velhice um filantropo altruísta, ajudando os mais necessitados com fervor; foi uma espécie de "mecenas", contribuindo financeiramente para a promoção das artes em Paracatu, notadamente, o teatro que adorava. Segundo consta, doou 16 contos de réis para construção do teatro Fhilodramático, inaugurado em 1890. Ele não chegou a ver sua grande obra cultural concluída, pois faleceu em 6/8/1888. Teve duas filhas naturais, cujo nome da mãe se ignora, Ana e Maria da Conceição, casadas com os irmãos Rabelo aqui nomeados. Um seu irmão, Manoel Machado de Freitas, também viveu em Paracatu, falecido solteiro em 25/7/1880 aos 71 anos, sem filhos.
4.6.3.2.4 – Sancho Rabelo de Sousa, nascido em 1851; casado com Maria da Conceição Machado de Freitas, irmã de Ana Machado de Freitas, supra citada;
4.6.3.3 – Josefina Rabelo; nascida em 1858; 
4.7 – Antônio Costa Coimbra;
4.8 – Joana Izabel Oliveira ou Joana da 
Costa Coimbra, filha legítima do tenente José da Costa Coimbra, falecida em 08/04/1847; casada com o alferes Francisco Antônio Caldeira, falecido em junho de 1837. Moradores no sítio do Ambrósio.
Filhos:
4.8.1– Florêncio Caldeira;
4.8.2 – Laura; Laura Coimbra Caldeira, casada em 06/05/1856 com Ângelo Morel, de 32 anos, filho de Luiz Morel e de Cândida Morel, natural e batizado na freguesia de Banhe (sic), província de Lucca, região da Toscana, Itália.
4.8.3 – Flora Coimbra Caldeira.

Fontes:
1 Inventário de Antônio: Sala 1/estante 7/prateleira 4/cx.I-15;
2 Inventário de Manoel: cx. I-10; Inventários: 2ª Vara cx.1835/1836; 2ª Vara-cx.1848.
3  Arquivo Público Municipal de Paracatu – inventários diversos da família;
4  Livros de batismos da matriz de Santo Antônio de Paracatu;
5  Livro de batismo da matriz de Santa Maria de Duas Igrejas.





Comentários

  1. Anônimo6:13 PM

    Custódio José Coimbra, antepassado da ex-presidente Dilma Roussef, por seu bisneto João José Coimbra Júnior.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Sr. deveria apresentar provas documentais contundentes para os leitores.

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr...

NOTAS GENEALÓGICAS - FAMÍLIAS PIONEIRAS

Por José Aluísio Botelho FURTADO DE MENDONÇA (ILHA DO FAIAL, AÇORES) 1 Antônio Furtado de Mendonça, natural da ilha do Faial, Açores, filho de Francisco Furtado de Mendonça e de Francisca da Luz, casou nas Minas do Paracatu com Teresa Maria do Carmo, filha de José Gonçalves Chaves e de Maria Gonçalves; pais de: 1.1 Rosa, batizada em 02/06/1774; vide imagem: Foi casada em 1791 com Miguel Pereira Furtado, pais de: 1.1.1 Manoel, batizado em15/05/1815 e nascido em 15/08/1814; 1.2 Suzana ou Cesarina Furtado de Mendonça, casada com Antônio de Sousa Oliveira, pais de: 1.2.1 Antônia, nascida em 09/01/1814 e batizada aos 03/02 do dito ano; 1.2.2 Júlio, nascido em 19/12/1815 e batizado em 01/07/1816. OUTROS SEM VÍNCULOS A Manoel Furtado de Mendonça casado com Clara de Oliveira Braga, pais de: A1 Rosa, nascida em 01/07/1816 e batizada em 27/12/1816; A2 José, nascido em 07/12/1814 e batizado em 15/05/1815; A3 Antônio, batizado em 22/09/1817; Fazenda Saco d...

REIS CALÇADO - UMA FAMÍLIA JUDIA NA PARACATU DO SÉCULO XVIII

Por José Aluísio Botelho  Eduardo Rocha Mauro Cézar da Silv a Neiva   Família miscigenada, de origem cristã nova pela linha agnata originária do Ceará . Pois

FRAGMENTOS DE GENEALOGIAS

Por José Aluísio Botelho Diante da falta quase completa de documentos primários, reunimos indivíduos que viveram nos tempos do arraial e da vila, e que carregavam os sobrenomes transmitidos a descendência, abaixo assinalados: OS LOPES DE OLIVEIRA Nos tempos de arraial Inicia-se a família Lopes de Oliveira, com a presença de Manoel Lopes de Oliveira, já miscigenad a, com a união de Manoel Lopes de Oliveira com Catarina, negra mina; o casal teve um filho nascido nas Minas do Paracatu, que descobrimos: Antônio Lopes de Oliveira, que com Marcelina Ribeira, filha de Francisco Vaz Salgado, natural do Porto, Portugal e de Maria Ribeira, negra mina, continuaram o processo de caldeamento da família com o nascimento de seus filhos; Descobrimos dois filhos nos assentos de batismos do arraial: 1 Tereza, nascida em 18/6/1774 e batizada aos 26 do dito mês e ano; Tereza Lopes de Oliveira, casada ca. 1787 com Custódio Pinto Brandão, com registro de provisão de casamento no Ca...

GUARDA-MOR JOSÉ RODRIGUES FRÓES

Por José Aluísio Botelho             INTRODUÇÃO  Esse vulto que tamanho destaque merece na história de Paracatu e de  Minas Gerais, ainda precisa ser mais bem estudado. O que se sabe é que habilitou de genere em 1747 (o processo de Aplicação Sacerdotal se encontra arquivado na Arquidiocese de São Paulo), quando ainda era morador nas Minas do Paracatu, e embora fosse comum aos padres de seu tempo, aprece que não deixou descendentes*. Que ele foi o descobridor das minas do córrego Rico e fundador do primitivo arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, não resta nenhuma dúvida. De suas narrativas deduz-se também, que decepcionado com a produtividade das datas minerais que ele escolheu, por direito, para explorar, abandonou sua criatura e acompanhou os irmãos Caldeira Brandt, que tinham assumido através de arrematação o 3º contrato de diamantes, rumo ao distrito diamantino. Documento de prova GENEALOGIA  Fróis/Fróes -...

ULHOA - ESBOÇO GENEALÓGICO

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA ULHOA, DO VALE DO ULLA NA GALÍCIA ATÉ PARACATU EM  MINAS GERAIS Para saber mais, leia neste blog :  Coronel Sancho Lopes de Ulhoa e seus descendentes A) - Origem do apelido: do rio ULLA, na Galícia, que passou a ser Ulló (olho), depois Ulloa e hoje Ulhoa. Também provêm do hebraico hurscha (floresta) e/ou de uxna, forma adaptada ou corrompida de Yehoshua. 1) - Dom Férnan Sanches de Ulló, o primeiro Ulhoa de que se tem notícia e que viveu pelos anos de 756, visigodo, dono das terras n o vale do rio Ulla; 2) - Dom Lopo Ruiz de Ulló (1120);    Vale do Rio Ulla by Isidro Cea 3) - Dom Fernão Lopes de Ulló (1212), casado com Maria Martinez; 4) - Dom Lopo Sanches de Ulló, casado com Mayor Gomes de T rastamara; 5) - Dom Sancho Lopes de Ulloa, rico homem galego, primeiro Senhor de Vilamayor de Ulloa (barão), casado com Urraca Perez de Sotomayor; para saber mais: Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui p...