Por José Aluísio Botelho INTRODUÇÃO: Gilberto Freire ao elaborar sua grande obra “Casa Grande e Senzala”, relatou não ter encontrado em suas pesquisas nenhum diário escrito pelas Sinhás e Sinhazinhas das casas grandes do período colonial e imperial, certamente pelo elevado índice de analfabetismo entre as mulheres daquela época, mesmo que pertencessem as elites locais. Pois bem, o objetivo desse trabalho é apresentar um "diário feminino", na verdade anotações feitas pela minha tataravó Cândida de Melo Álvares, acerca dos fatos que ela julgou serem os mais importantes ao longo de sua vida a partir de seu casamento com o Tenente-coronel Domingos Pimentel de Ulhoa. O curioso é que não há nenhuma referência à sua infância e juventude neste diário, talvez por ter se perdido em alguma gaveta do tempo. Vamos a ele, literalmente: O casamento “Casei-me a 15 de Novembro de 1840, tendo a idade de 20 anos e o marido 25.” Os Filhos “Nasceu nossa primeira filha, Adelina
GENEALOGIA DE FAMÍLIAS DE PARACATU, MINAS GERAIS