Pular para o conteúdo principal

OS PIMENTÉIS BARBOSA DE PARACATU

Por José Aluísio Botelho

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A LINHAGEM

A família Pimentel é uma das mais antigas e nobres de Portugal e da Espanha. De origem controversa, atingiu ao longo dos séculos os mais altos títulos da nobreza nesses respectivos países.

Segundo o historiador português Bernardo Vasconcelos e Sousa “os Pimentéis configuravam-se como um caso exemplar de uma linhagem em movimento e em mutação sociológica, com origem numa pequena nobreza de contornos inicialmente mal definidos, mas que conheceria, em termos globais, uma trajetória social ascendente que a levou até ao círculo restrito da aristocracia com fortes ligações à corte de D. Fernando (Rei de Portugal) e que, mais tarde, lhe abriu as portas para o auspicioso e bem-sucedido ingresso na nobreza titulada do reino de Castela” (1). Isso aconteceu com a passagem de João Afonso Pimentel a Castela, já no final do século XIV, “com o título de Conde de Benavente, consumando, assim, o processo de ascensão social da linhagem, levando o seu mais destacado e representativo elemento até o cume da hierarquia nobiliárquica. Membros da nobreza titulada de Castela, os Pimentéis veriam, no alvorecer da era moderna, ser-lhes concedido novo título (duques de Benavente) e a dignidade de Grandes de Espanha”(1).


Para saber mais: clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com



2015. Atualizado em junho de 2016.

Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr...

PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 22 - MENDES TEIXEIRA

Por José Aluísio Botelho e Eduardo Rocha Sobrenome originário do Concelho de Amarante, distrito do Porto. João Mendes Teixeira, da freguesia de Santa Maria de Fregim, casado em 13/04/1722 na igreja de São João Batista de Louredo, com Joana Teixeira, natural desta freguesia de

NOTAS GENEALÓGICAS - OS GAIA DE UNAÍ, MINAS GERAIS

POR JOSÉ ALUÍSIO BOTELHO (Mandado por Geralda Gislene Torres Gonçalves), com adaptações e acréscimos) Sobrenome toponímico originário de Vila Nova de Gaia, região metropolitana do Porto, Portugal. Por volta de 1845, na poeira do padre cônego Miguel Arcanjo Torres, nomeado vigário-geral da comarca de Paracatu, vieram Porfírio e Martinho Gaia, parentes, provavelmente oriundos de Santana de Ipanema, estado de Alagoas. 1 Capitão Porfírio Rodrigues Gaia, falecido por volta de 1909 em Unaí;foi casado com Flávia de Melo Franco, filha de Francisco de Melo Franco Bueno, falecido em 1844 aos 33 anos, e de Mariana Pimentel de Ulhoa (primeiro casamento desta). Filhos: 1.1 Manoel Rodrigues Gaia, falecido solteiro aos 27 anos de idade em 11/04/1896 na cidade de Palma, MG; normalista pela Escola Normal de Paracatu em fins de 1886, professor público, artista plástico por excelência;  1.2 João Gaia. Sobre ele disse Olímpio Gonzaga: João Gaia foi um andarilho pelo Brasil de seu tempo,...

SÉRIE - PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 5 - FAMÍLIA SILVA NEIVA

Por José Aluísio Botelho Mauro César da Silva Neiva e Eduardo Rocha No lusco - fusco do arraial de São Luiz e Santana das Minas do  P aracatu, final do século dezoito, que em breve iria administrativamente  se transformar em Vila, passando a se chamar Vila do Paracatu do  Príncipe, dois irmãos, cuja procedência não se sabe, lá se estabeleceram. À época, a mineração se encontrava em franca decadência, e a alternativa era a agropecuária rudimentar, baseada em latifúndios. Portanto, os irmãos em questão, João Lourenço e Lourenço da Silva Neiva, adquiriram terras na fértil região do Pouso Alegre , onde edificaram fazendas de criação de gado, casaram e criaram os filhos, gerando troncos da importante e tradicional família Silva Neiva, que se espalhou pelos arredores e alhures. A naturalidade deles  é desconhecida, porém, tudo leva a crer serem de origem portuguesa. Casaram-se com duas irmãs, com descendência adiante: A – João Lourenço da Silva Neiva , falecido ao...

GUARDA-MOR JOSÉ RODRIGUES FRÓES

Por José Aluísio Botelho             INTRODUÇÃO  Esse vulto que tamanho destaque merece na história de Paracatu e de  Minas Gerais, ainda precisa ser mais bem estudado. O que se sabe é que habilitou de genere em 1747 (o processo de Aplicação Sacerdotal se encontra arquivado na Arquidiocese de São Paulo), quando ainda era morador nas Minas do Paracatu, e embora fosse comum aos padres de seu tempo, aprece que não deixou descendentes*. Que ele foi o descobridor das minas do córrego Rico e fundador do primitivo arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, não resta nenhuma dúvida. De suas narrativas deduz-se também, que decepcionado com a produtividade das datas minerais que ele escolheu, por direito, para explorar, abandonou sua criatura e acompanhou os irmãos Caldeira Brandt, que tinham assumido através de arrematação o 3º contrato de diamantes, rumo ao distrito diamantino. Documento de prova GENEALOGIA  Fróis/Fróes -...

ULHOA - ESBOÇO GENEALÓGICO

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA ULHOA, DO VALE DO ULLA NA GALÍCIA ATÉ PARACATU EM  MINAS GERAIS Para saber mais, leia neste blog :  Coronel Sancho Lopes de Ulhoa e seus descendentes A) - Origem do apelido: do rio ULLA, na Galícia, que passou a ser Ulló (olho), depois Ulloa e hoje Ulhoa. Também provêm do hebraico hurscha (floresta) e/ou de uxna, forma adaptada ou corrompida de Yehoshua. 1) - Dom Férnan Sanches de Ulló, o primeiro Ulhoa de que se tem notícia e que viveu pelos anos de 756, visigodo, dono das terras n o vale do rio Ulla; 2) - Dom Lopo Ruiz de Ulló (1120);    Vale do Rio Ulla by Isidro Cea 3) - Dom Fernão Lopes de Ulló (1212), casado com Maria Martinez; 4) - Dom Lopo Sanches de Ulló, casado com Mayor Gomes de T rastamara; 5) - Dom Sancho Lopes de Ulloa, rico homem galego, primeiro Senhor de Vilamayor de Ulloa (barão), casado com Urraca Perez de Sotomayor; para saber mais: Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui p...