Por José Aluísio Botelho
BREVE NOTA BIOGRÁFICA
(Nota: o Barão de Santa Cândida foi primo legítimo do Dr. Caetano Alberto da Fonseca Lima, Juiz em Paracatu, onde deixou descendência. Daí o motivo da elaboração do texto.)
Primeiro e único barão de Santa Cândida, agraciado pelo governo
monárquico português, através do Decreto de 28 de julho de 1882,
concedida pelo Rei de Portugal, Dom Luís I; foi um magistrado brasileiro.
Na cidade do Recife, Pernambuco, nasce em 09 de setembro de 1824 e
é batizado na igreja do Santíssimo Sacramento da Boa Vista no ano seguinte.
Órfão, foi criado pela tia Dona Francisca de Assis Gama, e tutelado pelo
avô materno Coronel Francisco Casado de Lima Júnior, que custeou seus estudos.
Já em 1843, aos dezenove anos, deixa transparecer seu viés antiescravagista ao
libertar uma escrava de doze anos de nome Sabina, procedimento que se repete ao
logos dos anos de 1840, talvez evidenciando sua origem mestiça, e/ou
demonstrando suas convicções humanísticas em relação à escravidão, já que anos
mais tarde, quando já era muito forte o movimento pelo fim da escravidão no
Brasil, juiz de órfãos na província do Pará, manda libertar dezenas de negros
existentes em inventário, causando perplexidade na população local e aos
herdeiros do morto. Em 1847 ingressa na Academia Jurídica de Olinda, concluindo
o curso de direito em dezembro de 1851. Bacharel inicia sua carreira na
magistratura, como juiz municipal de Vitória de Santo Antão e Escada,
Pernambuco, exercendo suas funções durante quatro anos e meio, permanecendo no
cargo até o início de 1858. É importante salientar que nesse período teve
dificuldades no exercício do cargo, enfrentando forte oposição dos poderosos
senhores de engenho locais, contrariados com suas decisões judiciais muitas
vezes desfavoráveis aos interesses desses senhores. Por decreto de 29 de
setembro de 1859 é nomeado juiz de direito da comarca de Santo Antonio da
Patrulha, na Província do Rio Grande do Sul. Nessa ocasião é agraciado com a
Imperial Ordem da Rosa, concedida pelo Imperador D. Pedro II, através do
decreto de 02 de dezembro de 1858. Toma posse no cargo em 28 de janeiro de 1860.
Nesse meio tempo, retorna ao recife para realizar venda de um imóvel, herança
do avô materno. Em Santo Antonio da Patrulha, nasce sua filha Antonina, e em
1863 falece de complicações do parto, sua esposa Marcolina Muniz de Almeida. No
ano seguinte casa em Porto Alegre com Dona Cândida Cordeiro, futura baronesa de
Santa Cândida. Permanece nas funções de juiz no Rio Grande do Sul até o início
de 1869, quando é nomeado juiz de direito da comarca de Vitória, exercendo suas
funções até meados de 1871. Removido a pedido para Belém, capital da Província
do Pará, viaja com a esposa, quatro filhos menores e uma pajem. Entre 1871 e 1873,
exerce o cargo de chefe de polícia, é nomeado vice-presidente da Província, e
ocupa, interinamente, por cerca de trinta dias, a Presidência. Nomeado Juiz em
Aracati, no Ceará, para lá se transfere em 1873, aonde enfrenta dificuldades
com os poderosos do lugar, ao proferir suas decisões na maioria das vezes
contrárias aos interesses dominantes. É nesse período que acontece o rumoroso
episódio envolvendo seu filho mais velho, Francisco de Paula, que a seu pedido
junto ao barão de Tefé, estava prestando serviço como grumete no navio Marcílio
Dias, cujo comandante era o dito Barão. Acusado de furtar cerca de um conto e novecentos mil réis, foi preso e açoitado com 680 calabroteadas a mando do seu
comandante, tendo sido internado no hospital naval de Manaus em estado grave. O
rapaz sobreviveu, sendo então submetido a julgamento pelo Conselho de Guerra, sendo inicialmente condenado à pena capital de acordo com a Lei de Lippe. Posteriormente, foi absolvido pelo Conselho Supremo Militar, em fins de 1873.
Em 1877-78 retoma as funções de juiz em Belém, e se mantém no
cargo até 1887, ocasião em adoece gravemente. Em 1883 pede licença ao governo
imperial para usar o nome honorífico em definitivo, extensivo à sua mulher,
passando então a assinar Barão de Santa Cândida.
Sempre preterido por razões políticas e/ou pessoais para o cargo
de Desembargador, mesmo figurando na lista dos magistrados mais velhos dos
Tribunais de Relação do país, bem assim os problemas familiares relativos a seu
problemático filho que sempre criava embaraços para o pai, e por que não
decorrentes da hereditariedade, passou a apresentar problemas mentais. É
importante salientar que o barão passou a solicitar licenças para tratamento de
saúde, e inicialmente a família tentava acobertar e desmentir os fatos, mas os
sintomas foram se agravando, obrigando-os a transferi-lo às pressas para o Rio
de Janeiro, onde desembarcou no dia nove de janeiro de 1887, sendo
imediatamente internado na famosa Clínica Psiquiátrica Dr. Eiras, em Botafogo.
Não teve tempo sequer de iniciar o tratamento, falecendo dois dias depois, em
11 de janeiro de 1887. O jornal “Gazeta de Notícias” do Rio de Janeiro, edição
de 12 de janeiro de 1887, assim noticia sua morte, ipsis verbis: “Falleceu
hontem, na casa de saúde do Sr. Dr. Eiras, o Sr. Barão de Santa Cândida, antigo
magistrado. O barão de Santa Cândida chegou anti-hontem do norte e deu entrada
n’aquella casa, soffrendo de suas faculdades mentais.
O finado era natural de Pernambuco, e começou a sua carreira de
magistrado em uma das províncias do norte. Foi juiz de direito em Santo Antonio
da Patrulha, no Rio-Grande do Sul, e depois occupou o mesmo cargo na capital do
Pará, onde estava há muitos anos.
Foi agraciado com o governo portuguez com o título de barão de
Santa Cândida. Chamava-se Francisco de Souza Cirne Lima, e falleceu de
congestão cerebral.”
Escreveu o livro
“Rudimentos do Processo criminal”, Belém, 1883.
GENEALOGIA
PAIS E AVÓS
Filho legítimo do Alferes Antônio de Sousa Cirne, filho de Francisco Cabral de Azevedo e de Maria de
Sousa Cirne, todos naturais de São Cristóvão de Nogueira, município de Cinfães, distrito de Viseu, e de Clara Izabel Casado Lima, filha legitimada do coronel Francisco Casado de Lima e de Francisca Cavalcanti, mulher
solteira, parda, todos naturais do Recife; foi padrinho de batismo, seu tio Joaquim de Sousa
Cirne, também natural de São Cristóvão de Nogueira e marido de sua mãe de criação Francisca de Assis Gama.
Batismo do Barão de Santa Cândida |
Casou duas vezes:
1ª vez, circa de 1850, com Marcolina Muniz de Almeida, nascida 21/12/1828 e
batizada em 30/01/1829 na igreja do Santíssimo Sacramento do Recife, filha
legítima de Antonio Muniz Pereira, natural da Ilha de São Miguel, Açôres, e de Maria Rosa de Almeida, natural de Recife; neta paterna de
Francisco José Jácome e de Leonor da Encarnação, naturais da Ilha de São Miguel; neta materna de Manoel José de
Almeida e de Ana Rita do Sacramento. Faleceu de complicações do parto em 18/04/1863, em Santo Antonio da Patrulha.
2ª vez com Cândida Cordeiro Lima (baronesa de Santa Cândida), em
22/09/1864, Porto Alegre; nascida em 24/07/1840, filha Joaquim Balbino Cordeiro
e de Luiza Francisca Cordeiro; após a morte do barão, fixou residência no Rio
de Janeiro, na Rua Voluntários da Pátria, 49 - Botafogo, Rio de Janeiro, até o
final do século dezenove; como se verá adiante, a baronesa teve três de seus
filhos falecidos muito jovens, entre os anos de 1898 e 1900. Após a morte
prematura de sua única filha, Maria Alice, ela retorna à sua cidade natal,
Porto Alegre, aonde viria falecer em 03 de janeiro de 1902.
OS FILHOS
Com Marcolina Muniz de Almeida:
1 - Francisca Cirne Lima, nascida em 03 de julho de 1851, batizada na capela do Rosarinho, filial da matriz do Santíssimo Sacramento da Boa Vista, Recife, em 26 de outubro do dito ano. Solteira, faleceu em idade provecta em Porto Alegre, RS;
2 - Francisco de Paula Pergentino Cirne Lima, nascido em 03 de junho de 1857 e batizado em 24/02/1858 na Matriz de Afogados, povoação anexa a Recife, em Pernambuco. Casou com Madalena Pontes Cirne Lima, com descendência no estado do Pará; em 1892 já era falecido; com descendência;
1 - Francisca Cirne Lima, nascida em 03 de julho de 1851, batizada na capela do Rosarinho, filial da matriz do Santíssimo Sacramento da Boa Vista, Recife, em 26 de outubro do dito ano. Solteira, faleceu em idade provecta em Porto Alegre, RS;
2 - Francisco de Paula Pergentino Cirne Lima, nascido em 03 de junho de 1857 e batizado em 24/02/1858 na Matriz de Afogados, povoação anexa a Recife, em Pernambuco. Casou com Madalena Pontes Cirne Lima, com descendência no estado do Pará; em 1892 já era falecido; com descendência;
3 – Antonina Cirne Lima, nascida em Santo Antônio da Patrulha, RS,
em 18/04/1861, e batizada a 25/05/1862, sendo padrinhos os marqueses de Olinda,
parentes do seu pai. Faleceu em julho de 1905. Casou duas vezes:
1ª vez em 05/02/1882 em Belém do Pará com o comerciante português
Joaquim Augusto da Fonseca, falecido dois anos depois do matrimônio vítima de
um aneurisma de Aorta em 12/04/1884. Filhos:
3.1 – Frederico Augusto Cirne da Fonseca, falecido no Rio de
Janeiro em 18/06/1900;
3.2 – Maria Augusta Cirne da Fonseca. Casou em 27/04/1905, com
Leopoldo Cirne, natural da Paraíba, viúvo;
2ª vez em 14/04/1894 (cartório registro civil de Botafogo), no Rio
de Janeiro, com o Dr. Gonçalo de Lagos Fernandes Bastos, também viúvo, nascido
em 16/11/1842. Faleceu ele de problemas cardíacos dois anos depois em
16/07/1896, no exercício do cargo de deputado federal pelo Ceará, sua terra
natal; era filho do desembargador André Fernandes Bastos de Oliveira e de Joana
Angélica Fernandes Bastos, filha dos viscondes de Icó, Ceará. Filha:
3.3 – Maria do Lago Bastos;
Com a baronesa de Santa Cândida:
4 - Maria Cirne Lima, nascida por volta de 09/1865 e falecida em 04/03/1866, em Porto Alegre, RS;
4 - Maria Cirne Lima, nascida por volta de 09/1865 e falecida em 04/03/1866, em Porto Alegre, RS;
5 – Luiz Cirne Lima, nascido em 27/04/1867 em Porto Alegre,
bacharelou-se em direito no Rio de Janeiro. Inicialmente exerceu as funções de
delegado de polícia, e posteriormente tornou-se Inspetor Público de Ensino da
cidade do Rio de Janeiro. Casou em 1892 com Maria de Lourdes Costa Ferreira.
Não descobrimos filhos desse casal. Em 18 de novembro de 1914, obtém o divorcio
(na época, separação de corpos). O Dr. Luiz faleceu no RJ em 15/05/1930, aos 63
anos.
6 – Edgard Mateus Cirne Lima faleceu solteiro em 15/11/1898, no
RJ;
7 – Plínio Cirne Lima faleceu solteiro em 16/08/1899, no Rio de
Janeiro;
8 – Maria Alice Cirne Lima, nascida no Rio de janeiro em
16/11/1877. Casou em 10/12/1898 (cartório registro civil da Tijuca), com
Gonçalo Batista Vieira, também nascido em 1887 (ambos com 21 anos), natural do
Ceará, filho dos barões de Aquiraz, Gonçalo Batista Vieira e Dona Ana Angélica
Fernandes Bastos, irmã do Dr. Gonçalo Lagos Fernandes Bastos. Faleceu Maria
Alice em 18/05/1900;
9 – Elias Cirne Lima (Belém do Pará, 27 de outubro de 1882 - Porto Alegre, 16 de setembro de 1866). Na vida adulta mudou para Porto Alegre,
onde cursou odontologia. Pioneiro na especialidade no estado, fundou e foi o
primeiro diretor da faculdade de Odontologia da PUC/ RS. Foi igualmente,
professor da UFRGS. Em 08/02/ 1908 casou com Judith Machado Masson, filha de
Amadeu Prudêncio Masson e de Afonsina Palmira V. Machado Masson. Seus filhos:
9.1 – Ruy Cirne Lima, casado com Maria Velho; pais, dentre outros, do filho:
9.1.1 Dr. Carlos Roberto Cirne Lima (1932 - 2020), importante filósofo dialético brasileiro, dialogou com Hegel; católico fervoroso, criticou os jesuítas; casado com Maria Tomaselli, austríaca, filósofa, escritora e artista plástica;
9.2 – Zilda Cirne Lima, casada com descendência;
9.3 – Heitor Masson Cirne Lima, casado com descendência.
O IRMÃO DO BARÃO
O barão teve pelo menos um irmão conhecido documentalmente:
1 - Dr. Antônio de Sousa Cirne Lima (Recife, 26/08/1819 – Porto, 24/07/1897)
Bacharelou-se em direito pela Universidade de Coimbra em 1844-45.
Regressa ao Recife em 1845, onde permanece pelo menos até 1850. Fixa no Rio de
Janeiro, ingressando no serviço público do Império, como amanuense do Ministério dos Negócios Estrangeiros; na década de 1880, vamos encontrá-lo na
cidade do Porto, Portugal, onde comerciava e era um importante homem de
negócios; em 1893 residia em Londres, e mantinha negócios também no Brasil;
casou aos setenta anos com Lucinda de Jesus Soares Guimarães, de vinte oito
anos, natural da freguesia de Rossas, Vieira do Minho, Distrito de Braga, com
quem tinha um filho, Antônio, legitimado depois do casamento de ambos em 06/05/
1889; faleceu também alienado, conforme notícia de jornal, em 1897.
Observações: o nome do pai do noivo foi inicialmente anotado erroneamente, sendo posteriormente retificado no verso pelo escrevente.
Casamento de Antonio Cirne Lima |
Filho
único:
1.1 Antônio de Sousa Cirne Lima, nascido em 17/08/1884, Cedofeita, cidade do Porto, e falecido em 21/07/1948, Porto; foi casado com Julieta Vasconcelos Cirne Lima, com descendência.
1.1 Antônio de Sousa Cirne Lima, nascido em 17/08/1884, Cedofeita, cidade do Porto, e falecido em 21/07/1948, Porto; foi casado com Julieta Vasconcelos Cirne Lima, com descendência.
ENCARTE (agosto de 2017)
Por
José Aluísio Botelho
OS
SOUSA CIRNE DO LUGAR DE LAVADOURO
No
lugar de Lavadouro, na freguesia de São Cristóvão de Nogueira,
município de Cinfães, distrito de Viseu, em Portugal, floresceu o
tronco Sousa Cirne abaixo compartilhado.
Fato
relevante: essa região, de acordo com o poder da igreja católica,
pertencia antigamente à comarca eclesiástica do bispado de Lamego.
Francisco
Cabral de Azevedo, nascido no lugar de Lavadouro, batizado na Matriz
de São Cristóvão de Nogueira em 27/01/1763, filho legítimo de
Guálter Cabral e de Mariana Angélica de Azevedo, do mesmo lugar;
neto paterno de Manoel Cabral do lugar de Eiras, freguesia de
Travanca, concelho de Cinfães, e de Maria Pinto, mulher solteira, do
lugar de Temporão, ao casar em 17/02/1785 com Maria de Sousa Cirne,
do lugar de Lavadouro, batizada na Matriz de São Cristóvão de
Nogueira em 28/11/1764, filha legítima de Antônio de Sousa Cirne,
lugar de Franqueira, e de Josefa Clara da Silva, de Lavadouro; neta
paterna de Manoel de Sousa Cirne, do lugar Mourilhe e de Rosa Maria,
natural de São Martinho da Várzea, bispado do Porto; neta materna
de João de Paiva Leitão e de Engrácia da Silva, do lugar
Lavadouro, dá início a este tronco familiar, que se espalharia até
o além-mar, para as partes do Brasil, notadamente para a então
província de Pernambuco.
Nota1:
os lugares descritos são partes da freguesia de São Cristóvão de
Nogueira e do concelho de Cinfães (redundância em genealogia é
lugar-comum = lugar, lugar e etc.).
Nota2:
nas primeiras décadas do século dezenove, essa família se desloca
em direção à cidade do Porto, aonde iriam se fixar
definitivamente, na freguesia de São Nicolau, sítio/rua de Guindães
ou Guindais. Não descobrimos quando o casal se findou, mas no
assento de casamento do filho Joaquim em 1822, no Recife, Francisco Cabral é descrito como “já falecido”. Maria de Sousa Cirne teve
seu testamento aberto em 1844.
Filhos
descobertos (todos nascidos em Lavadouro):
1
João de Sousa Cirne, batizado na matriz de São Cristóvão de
Nogueira em 15/11/1786 e falecido no Porto em 29/08/1863(?);
comerciante abastado, foi morador em Guindães, São Nicolau e por
último na rua ou escadas do Codessal, freguesia da Sé do Porto.
Casou sucessivamente com duas irmãs, filhas de Manoel Soares da Cunha e
de Tereza Maria de Moura:
1ªvez
em 10/09/1810 com Maria Soares de Moura, na matriz de São Nicolau,
Porto.
obs.:
não descobrimos filhos deste casamento.
Viúvo,
casou 2ªvez com Tereza Maria de Moura em 05/07/1819 na matriz de São
Nicolau, Porto.
Filhos:
1.1
Maria Soares de Sousa Cirne, nascida em 04/04/1820, e batizada em
14/04/1820 na freguesia de São Nicolau; casou em 30/07/1837 na Catedral da Sé do Porto com Manoel de Oliveira Martins, com
descendência;
1.2
Teresa de Sousa Cirne, nascida em 26/12/1821 e batizada na Catedral da
Sé em 01/01/1822; sem mais notícias;
1.3
Dr. Antônio Augusto Soares de Sousa Cirne, nascido em
30/03/1823 e batizado na Catedral da Sé em 03/04 do dito ano; bacharel em Leis pela
Universidade de Coimbra em 1846; foi governador da cidade do Porto;
casado com descendência;
1.4
Rita Soares de Sousa Cirne, batizada em 05/10/1824 na Catedral da Sé;
sem mais notícias;
1.5
Rosa Soares de Sousa Cirne, nascida em 25/09/1826 e batizada Na Catedral da Sé em 02/10
do mesmo ano; sem mais notícias;
1.6
João de Sousa Cirne Júnior, nascido em 19/12/1828 e batizado na Catedral da Sé em 26 do dito mês e ano; comerciante; foi casado com
Luísa Cândida Pinto da Cruz; filhos descobertos:
1.6.1
César de Sousa Cirne, nascido em 1858;
1.6.2
Laura do Carmo de Sousa Cirne, nascida em 1856; casada em 1877 com
João Barbosa Madureira;
1.7
Manoel de Sousa Cirne, nascido em 02/07/1830 e batizado na Catedral da Sé em
08/07 do mesmo ano; sem mais notícias;
1.8
Francisco de Sousa Cirne, nascido em17/09/1832 e batizado na Catedral da Sé em 24/10 do
dito ano; sem mais notícias;
2
alferes Antônio de Sousa Cirne, batizado na matriz de São Cristóvão
de Nogueira em 15/11/1787; passou às partes do Brasil, estabelecendo
em Recife, Pernambuco; lá casou com Clara Izabel Casado de Lima,
filha legitimada do coronel de conquistas Francisco Casado de Lima,
senhor de engenho, de Francisca Cavalcanti, mulher solteira; filhos descobertos:
2.1
Dr. Antônio de Sousa Cirne Lima (leia texto principal);
2.2
Dr. Francisco de Sousa Cirne Lima (leia texto principal);
Nota3:
Antônio de Sousa Cirne obteve em 1821 a patente de alferes da
Companhia de Ordenanças da vila de Sirinhaém, Pernambuco, passada
pelo então governador da capitania de Pernambuco, General Luiz do
Rego Barreto. O inusitado é que ele foi nomeado alferes PAISANO, por
não ter 25 anos de serviço militar ou não ser militar de carreira
(de acordo com Alvará de 1709, e Provisão de 18/03/1729). A
alegação para sua nomeação estava abrigada no capítulo 20 do
Regimento do Governo que diz assim: “Proverei os postos milicianos
das Ordenanças do nosso governo, e seu distrito nas pessoas mais
idôneas, e capazes, sem dependência do governo do estado.”
3
capitão José Joaquim de Sousa Cirne, batizado em 12/01/1790; desde
muito jovem viveu na cidade de Penafiel, junto ao Porto; militou com
os conservadores; foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de
Penafiel entre 1831 e 1834; casou duas vezes, com duas irmãs sucessivas, filhas
de Manoel José Nunes de Maria Barbosa de São Bento:
1ªvez
com Ana Alvina Barbosa em 10/12/1832 na Matriz de Penafiel; filha
descoberta:
3.1
Maria, nascida em 11/10/1813 e batizada em 18 do dito mês e ano; sem
mais notícias;
Viúvo,
casou 2ªvez em 15/08/1834 na igreja de Lagares com Gertrudes da
Encarnação Barbosa; não encontramos filhos desse casamento;
4
Maria, batizada em 18/09/1791;
5
Francisca, batizada em 23/04/1793;
6
Joaquim de Sousa Cirne, batizado em 24/12/1794; assim como o irmão
Antônio, passou para as partes do Brasil, Recife, Pernambuco; lá
casou em 08/01/1822 com a viúva Francisca de Assis Gama, falecida em
1848; não encontramos filhos do casal;
Nota4:
foram os pais de criação de barão de Santa Cândida, Francisco de
Sousa Cirne Lima;
7
Rita, nascida em 14/07/1796 e batizada em 23/07/1796; sem mais
notícias;
8
Ana, nascida em 26/05/1798 e batizada em 07/06/1798; sem mais
notícias;
9
Josefa, nascida em 26/12/1799 e batizada em 03/01/1800; sem mais
notícias.
Outros
Cirnes (irmãos de Maria de Sousa Cirne):
1
Antônio de Sousa Cirne. Casou no lugar da Ponte, São Cristóvão de
Nogueira em 22/02/1789 com Teresa Maria de Jesus Pinto; filhos
descobertos:
1.1
Cristóvão, nascido em 1792;
1.2
Ana, nascida em 1794;
2
João de Sousa Cirne. Casado em 19/09/1803 no lugar de Franqueira com
Felícia da Conceição.
3
Francisco de Sousa Cirne. Casado em 1809, no lugar de Velude com
Maria Joaquina de Araújo, filha de Manoel Cardoso de Sousa e de
Maria de Jesus.
Fontes:
1 – www.familysearch.org - registros paroquiais da matriz do Santíssimo Sacramento do Recife; registros paroquiais de Santo Antônio da Patrulha, RS;
2 - Registros paroquiais de Cedofeita e da Igreja da Sé da cidade do Porto, disponíveis no site - tombo.pt;
3 - Registros paroquiais de São Cristóvão de Nogueira, Cinfães, Viseu;
2 - Registros paroquiais de Cedofeita e da Igreja da Sé da cidade do Porto, disponíveis no site - tombo.pt;
3 - Registros paroquiais de São Cristóvão de Nogueira, Cinfães, Viseu;
4 – Jornais da época;
5 – Arquivo pessoal;
6 – www.cirnelima.org.
NOTA: Esse artigo poderá sofrer modificações de acordo com as pesquisas efetuadas pelo autor, e/ou através de colaboração dos leitores, por se tratar de um texto biográfico - genealógico.
Escrito em junho de 2013. Atualizado em setembro de 2016. Atualizado em agosto de 2017.
Escrito em junho de 2013. Atualizado em setembro de 2016. Atualizado em agosto de 2017.
Saberia onde o Lisca (Luís Carlos Cirne Lima de Lorenzi), técnico do América-MG, encaixa-se na genealogia dos Cirne Lima?
ResponderExcluirBisneto de Elias Cirne Lima, sendo este Filho do Barão de Santa Cândida.
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