Pular para o conteúdo principal

PARACATU - HOMENS ABASTADOS DO ARRAIAL EM 1756

Por José Aluísio Botelho

Em uma curiosa "Lista Secreta dos Homens Mais Abastados da Capitania de Minas Gerais", elaborada pelo provedor - mor da fazenda, Domingos Pinheiro em 1756, existente no Arquivo Histórico Ultramarino, extraímos os seguintes nomes [i] do Termo do Arraial de São Luiz e Santana do Paracatu, de acordo com suas atividades produtivas:
[ii]A – Mineiros com serviços de roda:
Dr. Antonio Gomes Diniz;
Antonio Francisco de Souza
Manoel de Araújo Guimarães
José de Araújo Guimarães
O sargento-mor Bento José
Teodósio Duarte Coimbra
Manoel de Faria Vale
Antonio de Faria Vale
Lourenço Pinto Barbosa
Pedro Álvares Pereira
Domingos Dias Torres
Dr. Luiz Lopes de Carvalho Frazão
Caetano Moreira de Sá
Capitão Pedro Pereira Dias Raposo
Silvestre Souto Maior
Licenciado Dionísio Souza e Silva
Capitão Domingos Carvalho Chaves
Dom Braz da Cunha Pereira
Lourenço Pereira de Sá Souto Maior
Sebastião José de Carvalho
Antonio Francisco da Silva
Davi da Rocha
Capitão-mor Clemente Simões da Cunha
Capitão José Barbosa de Brito
Francisco de Souza Pinto Coimbra
Baltazar de Souza Guimarães
Máximo Barbosa
Tenente Francisco Ribeiro de Carvalho
Alferes Antonio Fernandes Braga
Capitão Domingos Dias Pacheco
Custódio Lopes
Domingos de Oliveira da Mata
Padre Estevão de Souza Guimarães 
Reverendo Antonio Machado da Mota
Antonio Pereira Botelho
Dr. João Álvares da Silva.
B – Mineiros com serviços sem roda:
Antonio de Araújo Mesquita
Gaspar da Silva
Francisco Álvares de Magalhães
Anacleto Tavares de Sampaio
Francisco Tavares de Sampaio
Sargento-mor José Martins de Araújo
Antonio Monteiro
Guilherme da Silva Pereira
Caetano Lisboa Sampaio
João Batista de Aguiar
Alexandre José de Castro
Capitão Teodósio Coelho Peres
José Soares Brandão
Antonio Galvão
Antonio da Rocha
João Correia Santiago
José Alves Fontes.
C – Mercadores de negros cativos:
José Fernandes Aranha
Estevão Ribeiro
Antonio Francisco
José Antunes Claro
Manuel Antunes Claro
Miguel Gonçalves de Carvalho
Gonçalo da Cunha Barreiros
José da Costa Pimenta
Antonio de Oliveira
Francisco Álvares
José Gomes Camacho
Diogo de Souza de Araújo.
D – Comerciantes com lojas de Fazenda(armazéns):
Agostinho Pinto da Fonseca
Daniel Gomes 
Capitão Antonio Manoel Granja
Manoel Pereira
João de Souza Dias
João Antonio Galego
Antonio Ferreira de Meireles
Manoel Gonçalves da Fonseca
Domingos da Costa Viana
Gaspar da Silva
José Teixeira da Mota
Custódio Pinheiro
Luís Alves
André Gonçalves do Vale
José Thomaz Faria Campos
Manoel Araújo Caldas
José Álvares dos Reis
Antonio de Araújo Mesquita
Domingos Jorge Garrido
Antonio de Souza Guimarães
Antonio Dias de Carvalho
Felipe da Costa de Faria
José da Costa
João Alves Guerreiro
Manoel de Araújo Guimarães.
[iii]E – Roceiros com engenho de Pilão no Ribeirão São Pedro:
Dr. Antonio da Silva Pereira
Ajudante Manoel Ferreira de Almeida
João Pereira Guimarães
Matias da Costa Pinheiro
Manoel Martins Viana
Joaquim Rodrigues Santiago
Padre Bartolomeu Ramos
João Jorge Portela
Francisco Machado
Jerônimo de Souza Carvalho.     

[i] Nota: a maioria desses povoadores do ouro fixaram na região de Paracatu, aonde deixaram descendência.
[ii] Serviço de Roda: era um processo de extração de ouro de aluvião, de técnica mais avançada para a época, que consistia no esgotamento da água nas catas ou cerco dos rios, que auferia maior produtividade;
[iii] Serviços de Pilões: forma rudimentar de beneficiar mantimentos, porém, avançada naquele tempo.
Fonte: Arquivo Histórico Ultramarino – AHU on-line – www.siarq.iict.pt
Brasília, junho 2013



Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

REIS CALÇADO - UMA FAMÍLIA JUDIA NA PARACATU DO SÉCULO XVIII

Por José Aluísio Botelho  Eduardo Rocha Mauro Cézar da Silv a Neiva   Família miscigenada, de origem cristã nova pela linha agnata originária do Ceará . Pois

GUARDA-MOR JOSÉ RODRIGUES FRÓES

Por José Aluísio Botelho             INTRODUÇÃO  Esse vulto que tamanho destaque merece na história de Paracatu e de  Minas Gerais, ainda precisa ser mais bem estudado. O que se sabe é que habilitou de genere em 1747 (o processo de Aplicação Sacerdotal se encontra arquivado na Arquidiocese de São Paulo), quando ainda era morador nas Minas do Paracatu, e embora fosse comum aos padres de seu tempo, aprece que não deixou descendentes*. Que ele foi o descobridor das minas do córrego Rico e fundador do primitivo arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, não resta nenhuma dúvida. De suas narrativas deduz-se também, que decepcionado com a produtividade das datas minerais que ele escolheu, por direito, para explorar, abandonou sua criatura e acompanhou os irmãos Caldeira Brandt, que tinham assumido através de arrematação o 3º contrato de diamantes, rumo ao distrito diamantino. Documento de prova GENEALOGIA  Fróis/Fróes - o genealogista e descendente Luís Fróis descreveu

CONTRIBUTO A GENEALOGIA DO ALTO PARANAÍBA: OS MARTINS MUNDIM DE MONTE CARMELO

POR JOSÉ ALUÍSIO BOTELHO Família originária de Mondim de Bastos, Vila Real, Portugal, estabelecida inicialmente na região de Oliveira em Minas Gerais. Na primeira metade do século dezenove movimentou-se em direção da Farinha Podre, estabelecendo com fazendas de criar na microrregião de Patrocínio, com predominância no distrito do Carmo da Bagagem, atual Monte Carmelo. Manoel Martins Mundim, português da vila de Mondim de Basto, veio para o Brasil, em meados do século dezoito a procura de melhores condições de vida na região do ouro, Campo das Vertentes, capitania de Minas Gerais. Aí casou com Rosa Maria de Jesus, natural da vila de Queluz. 1 Manoel Martins Mundim e Rosa Maria de Jesus . Filhos: 1.1 Manoel, batizado em Oliveira em 30/06/1766; sem mais notícias; 1.2 Mariana Rosa de Jesus , batizada em 3/7/1768. Foi casada com Manoel José de Araújo, filho de José Alvares Araújo e de Joana Teresa de Jesus; Filho descoberto: 1.2.1 Antônio, batizado em 1796 na capela d

FAZENDAS ANTIGAS, SEUS DONOS E HERDEIROS EM PARACATU - 1854 E 1857.

Por José Aluísio Botelho                A LEI DE TERRAS DE 1850 Desde a independência do Brasil, tanto o governo imperial, como os governos republicanos apresentaram inúmeros projetos legislativos na tentativa de resolver a questão fundiária no Brasil, bem como regularizar as ocupações de terras no Brasil. A lei da terra de 1850 foi importante porque a terra deixou de ser um privilégio e passou a ser encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros. O objetivo principal era corrigir os erros do período colonial nas concessões de sesmarias. Além da regularização territorial, o governo estava preocupado em promover de forma satisfatória as imigrações, de maneira a substituir gradativamente a mão de obra escrava. A lei de 1850, regulamentada em 1854, exigia que todos os proprietários providenciassem os registros de suas terras, nas paróquias municipais. Essa lei, porém, fracassou como as anteriores, porque poucas sesmarias ou posses foram legitimadas, e as terras continuaram a se

FAMÍLIA GONZAGA

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA GONZAGA – TRONCO DE PARACATU Essa família iniciou-se em 1790, pelo casamento do Capitão Luiz José Gonzaga de Azevedo Portugal e Castro, fiscal da fundição do ouro em Sabará – MG, em 1798, no Rio de Janeiro, com Anna Joaquina Rodrigues da Silva, natural do mesmo Rio de Janeiro, e tiveram oito filhos, listados abaixo: F1 – Euzébio de Azevedo Gonzaga de Portugal e Castro; F2 – Platão de Azevedo Gonzaga de P. e Castro; F3 – Virgínia Gonzaga; F4 – Florêncio José Gonzaga; F5 – VALERIANO JOSÉ GONZAGA; F6 – Luiz Cândido Gonzaga; F7 – José Caetano Gonzaga; F8 – Rita Augusta Gonzaga. F5 - Valeriano José Gonzaga, natural de Curvelo,Mg, nascido em 21.07.1816 e falecido em 1868 em Paracatu, casou em 21.07.1836, com Felisberta da Cunha Dias, nascida em 15.08.1821 e falecida em 10.08.1910, natural de Curvelo; foi nomeado Tabelião de Paracatu, tendo mudado para o lugar em 1845, aonde tiveram os filhos: N1 - Eusébio Michael Gonzaga, natural de