Pular para o conteúdo principal

CONTRIBUTO A GENEALOGIA DO ALTO PARANAÍBA: OS FERNANDES DA ROCHA DE MONTE CARMELO

Por José Aluísio Botelho

Família abastada, originária do arraial de Santana do Morro do Chapéu, atual Santana dos Montes, situada na região de Conselheiro Lafaiete, caracterizada pela beleza de seus casarões e fazendas coloniais.

Santana dos Montes

Em Monte Carmelo foram senhores e possuidores da imensa fazenda da Castilhana ou Castelhana (de baixo ou Matheus e Castilhana de cima), cujo primitivo dono foi o Comendador Joaquim José da Rocha, sogro do major José Fernandes da Rocha. Na linha do tempo, se aliaram aos Martins Mundim, que vieram de Oliveira, MG, através de casamentos, se tornando uma das famílias dominantes no antigo Carmo da Bagagem, atual Monte Carmelo, no Alto Paranaíba.

Major José Fernandes da Rocha, casado por 1832 com Cândida Umbelina de Carvalho, filha do comendador Joaquim José Carvalho e de Joana Tereza de São Bernardo, na igreja de Santana do Morro do Chapéu.

Em 1878, Cândida Umbelina de Carvalho, no estado de viúva, faz partilha amigável de sua meação com os filhos.

Filhos:

1 Joaquim Fernandes da Rocha, com 45 anos em 1878; casado com Francisca Honorata da Silva;

2 Tenente-coronel José Cândido da Rocha, falecido em 29/06/1907 no Carmo da Bagagem, onde foi inventariado; casado com Ignez da Rocha Melo, falecida em 08/07/1916, quando foi inventariada. Senhores e possuidores da fazenda Vargem Grande. (Monte mor: 66:764$924)

Filhos:

2.1 Alexandrina Fernandes da Rocha, com 48 anos em 1907; viúva, moradora na fazenda Samambaia, termo de Catalão, Goiás; foi casada com seu tio Fortunato Fernandes da Rocha;

2.2 Josefina Fernandes da Rocha, falecida no inventário da mãe. Filha única:

2.2.1 Ignez Josefina Pena, viúva de Pedro Vieira Pena, falecido em 18/11/1906; casada segunda vez com seu parente Benjamim Fernandes da Rocha;

2.3 Augusto Fernandes da Rocha, com 53 anos no inventário da mãe; casado com sua prima Augusta Cândida Mundim, filha de Joaquim Martins Mundim e de Elmira Fernandes da Rocha. Augusto Fernandes da Rocha faleceu 16/10/1920, quando foi inventariado (Monte mor: 108:518$000).

Filhos (idades referidas no inventário do pai):

2.3.1 Mauro Fernandes Mundim, casado, de 33 anos;

2.3.2 Judite Fernandes Mundim, de 31 anos; casada com seu primo Homero Fernandes da Rocha, que estava demente e incapaz em 1920;

2.3.3 Amélia da Rocha Mundim, de 29 anos; casada com José Medeiros de Andrade;

2.3.4 Eliseu Fernandes Mundim, de 28 anos, casado;

2.3.5 Martinho Fernandes Mundim, de 26 anos, solteiro;

2.3.6 João Fernandes Mundim, de 24 anos, casado;

2.3.7 Julieta Fernandes Mundim, casada com Joaquim Antônio de Oliveira;

2.3.8 Horácio Rocha Mundim, de 18 anos, solteiro;

2.3.9 Joaquim Rocha Mundim, de 15 anos;

2.3.10 Pedro Rocha Mundim, de 12 anos;

2.3.11 José Rocha Mundim, de 10 anos;

2.4 Cândida Fernandes da Rocha, com 42 anos em 1907, falecida em 1916; foi casada com Joaquim Fernandes Mundim.

Filhos (idades referidas no inventário da mãe):

2.4.1 Belina Cândida Soares Mundim, casada com José Soares Rodrigues;

2.4.2 Lamartine Martins Mundim, de 22 anos;

2.4.3 Josefina Cândida Mundim, de 21 anos; foi casada com Aristides de tal;

2.4.4 José Martins Mundim, de 20 anos;

2.4.5 Adelme Martins Mundim, de 19 anos;

2.4.6 Maria da Rocha Mundim, de 18 anos; foi casada com Ildefonso Pereira de Queirós;

2.4.7 Martinho Martins Mundim Sobrinho, de 16 anos;

2.4.8 Joana da Rocha Mundim, de 14 anos;

2.4.9 Elmino Martins Mundim, de 12 anos;

2.4.10 Gerondina da Rocha Mundim, de 10 anos;

2.5 Alexina Fernandes da Rocha, com 38 anos em 1907; casada com Cincinato Alves da Paixão, falecido em 16/05/1919, quando foi inventariado (Monte mor: 29:975$900).

Filhos (idades referidas no inventário do pai):

2.5.1 Maria Alves Rocha, casada com Raul Mundim Costa;

2.5.2 Alcides Alves Rocha, de 22 anos, solteiro;

2.5.3 Aurora Alves Rocha, de 19 anos, solteira;

2.5.4 Julieta Alves Rocha, de 16 anos, solteira;

2.5.5 Alfredina Alves Rocha, de 14 anos, solteira;

2.5.6 Joaquim Alves Rocha, de 9 anos;

2.6 Armando Fernandes da Rocha, casado, residente em Guarda-Mor, termo de Paracatu; foi casado com Júlia Machado Diniz;

2.7 José Fernandes da Rocha, com 36 anos e falecido em 24/09/1920; Casado com sua parenta Maria Fernandes da Rocha, moradores na Castilhana. (Monte mor: 53:777$000)

Filhos (idades referidas no inventário do pai em 1920):

2.7.1 Nicolina Rocha Mundim, de 24 anos em; casada com Ilídio Martins Mundim Sobrinho;

2.7.2 Alcina Rocha Mundim, 22 anos em; casada com Adelme Martins Mundim;

2.7.3 Maria Rocha, de 20 anos; casada com Lídio Mundim da Costa;

2.7.4 Alice Rocha, de 17 anos; foi casada com Braulino Martins Mundim;

2.7.5 João Fernandes da Rocha, de 14 anos;

2.7.6 Alaíde Fernandes Rocha, de 12 anos; foi casada com Massilon Machado Mundim;

2.7.7 Valdete Fernandes Rocha, de 9 anos;

2.7.8 Aracy Fernandes Rocha, de 7 anos;

2.7.9 Delourdes Fernandes Rocha, de 6 anos;

2.8 Telêmaco Fernandes da Rocha, de 33 anos;

2.9 Corália Fernandes da Rocha, de 30 anos, solteira, incapaz e interditada;

2.10 Maria Fernandes da Rocha, de 23 anos; casada com Martinho Martins Mundim;

3 Coronel Augusto Belisário da Rocha Carvalho, falecido em 13/09/1906; casado na capela de Santana do Morro do Chapéu em 18/05/1871 com sua sobrinha Ana Augusta da Rocha ou Ana Senhorinha da Conceição. Morador na fazenda Capão Alto. (Monte mor: 39:438$000)

Filhos:

3.1 Ulysses Fernandes da Rocha, nascido em 10/05/1875 e batizado na capela de Santana em 14/08 do mesmo ano;

3.2 Maria Augusta da Rocha Ulhoa, nascida em 19/01/1878 (Morro do Chapéu? Monte Carmelo?), casada com o capitão João Batista de Ulhoa, natural de Paracatu, filho de Antônio José de Ulhoa e de Jesuína de Melo Franco; exerceu a função de promotor público (não formado/rábula) em Carmo da Bagagem; filhos:

3.2.1 Antonieta Rocha Ulhoa, casada com Joel Batista de Oliveira;

3.2.2 Arlindo Ulhoa, casado com Stela de Melo Franco;

3.2.3 Adriles Ulhoa, casado com Altina Costa Roriz;

3.2.4 Acidália Ulhoa, casada com Romualdo Gonçalves de Ulhoa Tomba;

3.2.5 Aldemar José de Ulhoa, falecido solteiro em 1932;

3.2.6 Aclício Ulhoa, casado com Célia Lima Botelho;

3.2.7 Aclineu José de Ulhoa, casado com Joana Adjuto Botelho;

3.2.8 Antônio Ulhoa, falecido na infância;

3.2.9 Antônia Ulhoa, falecida na infância;

3.2.10 Arcilieta Ulhoa, falecida na infância;

3.2.11 Arcília Ulhoa, falecida na infância;

3.2.12 Antônia da Conceição, falecida na infância;

3.2.13 Aliceto Ulhoa, falecido na infância;

3.3 Homero Fernandes da Rocha, que se encontrava incapaz em 1920; casado com sua prima Judite Fernandes Mundim;

4 Maria da Rocha, de 39 anos; casada com José Martins Mundim;

5 Elmira Fernandes da Rocha de 35 anos; casada com Joaquim Martins Mundim;

6 Fortunato Fernandes da Rocha, de 30 anos; casado com sua sobrinha Alexandrina Fernandes da Rocha;

7 Coronel Olímpio Teodolino da Rocha, nascido em 29/12/1856; foi casado com Amélia Rocha. Filha conhecida:

7.1 Amélia Rocha, falecida em 26/01/1906; casada com seu parente Benjamim Fernandes Rocha. (Monte mor: 8:800$000).

Filha única (idade referida no inventário da mãe):

7.1.1 Dolores, de 5 anos;

8 Cândido José da Rocha, falecido em 24/01/1868; foi casado com Júlia Augusta, sem descendência.

Fontes:

Referência

Monte Carmelo, Minas Gerais, Brazil records, 22 de mar de 2023,” Imagens, FamilySearch (https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QHV-BQVR-4278-C?view=explore: 5 de ago de 2023), imagem 1 de 151; Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Inventários em Monte Carmelo:

1 Inventário/partilha de Cândida Umbelina de Carvalho, 16/04/1878;

2 Inventário de Augusto Belisário da Rocha, 13/11/1906;

3 Inventário de Amélia Rocha, 22/01/1906;

4 Inventário de José Cândido da Rocha, 04/09/1907;

5 Inventário de Ignez da Rocha Melo, 14/10/1916;

6 Inventário de Cincinato Alves da Paixão. 17/12/1919;

7 Inventário de Augusto Fernandes Rocha, 20/11/1920;

8 Inventário de José Fernandes da Rocha, 30/10/1920.

Em Patrocínio:

9 Testamento de Joana Umbelina Augusta de carvalho, 09/04/1864


Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

FAZENDAS ANTIGAS, SEUS DONOS E HERDEIROS EM PARACATU - 1854 E 1857.

Por José Aluísio Botelho                A LEI DE TERRAS DE 1850 Desde a independência do Brasil, tanto o governo imperial, como os governos republicanos apresentaram inúmeros projetos legislativos na tentativa de resolver a questão fundiária no Brasil, bem como regularizar as ocupações de terras no Brasil. A lei da terra de 1850 foi importante porque a terra deixou de ser um privilégio e passou a ser encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros. O objetivo principal era corrigir os erros do período colonial nas concessões de sesmarias. Além da regularização territorial, o governo estava preocupado em promover de forma satisfatória as imigrações, de maneira a substituir gradativamente a mão de obra escrava. A lei de 1850, regulamentada em 1854, exigia que todos os proprietários providenciassem os registros de suas terras, nas paróquias municipais. Essa lei, porém, fracassou como as anteriores, porque poucas sesmarias ou posses foram legitimadas, e as terras continuaram a se

LIVRO DE GENEALOGIA PARACATUENSE

Apresentamos aos nossos leitores, em formato impresso e também no e-book, livro que conta de maneira resumida a história de Paracatu, bem como a genealogia da família Botelho e suas alianças com as principais troncos familiares que lá fincaram raízes, bem como as trajetórias de ascensão social, política e econômica desses grupos familiares hegemônicos. Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui para visualizar uma prévia do livro.

SUBSÍDIOS GENEALÓGICOS: OS COSTA PINTO - UM TRONCO

Por José Aluísio Botelho Colaborou Eduardo Rocha Família pioneira no arraial do ouro, formadora da elite local e que floresceu durante o decorrer do século XIX. Iniciou-se com as uniões de João da Costa Pinto e D ona Domingas Rodrigues da Conceição, e do coronel Antonio José Pereira** e dona Maria Tereza de Castro Guimarães. Desses casais, nasceram dentre outros, Antonio da Costa Pinto e dona Francisca Maria Pereira de Castro, que se casaram no milésimo do século XVIII. *Nota: o coronel Antonio José Pereira foi administrador dos Dízimos entre 1789 e 1807; faleceu em 1812. O coronel Antonio da Costa Pinto nasceu em Paracatu por volta de 1775 e aí faleceu a 06 de agosto de 1827. Na política local foi aliado dos Pimentéis Barbosa, tendo sido ouvidor interino da vila de Paracatu do Príncipe em 1820, época de grandes turbulências na política local, bem assim em todo o Brasil, precedendo a independência. Deixou grande fortuna: Olímpio Gonzaga, que parece ter tido acesso ao inventári

SÉRIE - PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 8: OS BATISTA FRANCO

José Aluísio Botelho                  Eduardo Rocha  Mauro César da Silva Neiva Família originada no norte de Minas Gerais. Um pouco de história: em 1729, o governador da Bahia foi comunicado

FAMÍLIA GONZAGA

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA GONZAGA – TRONCO DE PARACATU Essa família iniciou-se em 1790, pelo casamento do Capitão Luiz José Gonzaga de Azevedo Portugal e Castro, fiscal da fundição do ouro em Sabará – MG, em 1798, no Rio de Janeiro, com Anna Joaquina Rodrigues da Silva, natural do mesmo Rio de Janeiro, e tiveram oito filhos, listados abaixo: F1 – Euzébio de Azevedo Gonzaga de Portugal e Castro; F2 – Platão de Azevedo Gonzaga de P. e Castro; F3 – Virgínia Gonzaga; F4 – Florêncio José Gonzaga; F5 – VALERIANO JOSÉ GONZAGA; F6 – Luiz Cândido Gonzaga; F7 – José Caetano Gonzaga; F8 – Rita Augusta Gonzaga. F5 - Valeriano José Gonzaga, natural de Curvelo,Mg, nascido em 21.07.1816 e falecido em 1868 em Paracatu, casou em 21.07.1836, com Felisberta da Cunha Dias, nascida em 15.08.1821 e falecida em 10.08.1910, natural de Curvelo; foi nomeado Tabelião de Paracatu, tendo mudado para o lugar em 1845, aonde tiveram os filhos: N1 - Eusébio Michael Gonzaga, natural de