Pular para o conteúdo principal

LOUREIROS: DA VILA DE TONDELA, DISTRITO DE VISEU À GOIÁS VELHO

Por José Aluísio Botelho              


Segundo o genealogista Jarbas Jayme, Manuel José de 
Loureiro é o genearca (sic) dessa família em Goiás. Casou em 1768 com Ana Maria de Jesus, natural de Taubaté, filha de Salvador Coelho do Amaral, do RJ, e de Izabel Raposo de Castilho, de Taubaté.
Filhos:
1Ignez (n. 15/2/1770);
2José (26/8/1772);
3Teresa (b. 4/8/1773);
4 Inácio José Loureiro (n. 4/8/1774);
5 Bento José Loureiro;
6 João José Loureiro;
7 Clemente José Loureiro;
8 José Manoel Loureiro;
9 Maria José Loureiro.
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE IGNEZ
“Aos oito dias do mês de Março de hum mil setecentos e setenta anos, nesta Matriz de Meia ponte batizei e pus os santos óleos à inocente Ignez que nasceu aos quinze de Fevereiro próximo, filha de Manoel José Loureiro, natural da Vila de Moreira, Bispado de Viseu e de sua mulher Anna Maria de Jesus, natural da Vila de Taubaté, Bispado de São Paulo, neta pela parte paterna de Francisco Lopes e de Águeda Dias Loureiro, naturais da Freguesia de Santa Marinha da Mesma Vila de Moreira, Bispado de Viseu e pela parte materna de Salvador Coelho do Amaral, natural da cidade do Rio de Janeiro, não soube dizer a freguesia e de Izabel Fragoso de Castilho, natural da Vila de Taubaté, Bispado de São Paulo. Foram padrinhos Antônio Gomes da Cunha e Maria da Assumpção Ferraz, do que para constar fiz este assento dia ut supra. O coadjutor padre Joaquim Gomes de Souza.”
ASCENDÊNCIA DE MANOEL JOSÉ LOUREIRO
Natural de Vila de Moreira de Rei, município de Trancoso, distrito de Guarda, Portugal, batizado aos 06 de março de 1721, filho legítimo de Francisco Lopes e de Águeda de Loureiro, naturais da freguesia de Santa Marinha (hoje extinta) de Moreira de Rei, da Vila de Trancoso, aonde se casaram em 03/06/1720. Águeda de Loureiro foi batizada em 05/02/1699 e faleceu em 30/03/1754 em Moreira de Rei; não descobrimos o batismo, nem o óbito de Francisco Lopes.
Outros filhos de Francisco Lopes e de Águeda de Loureiro, nascidos em Moreira de Rei:
1 – Mariana, batizada aos 6/8/1722;
2 – Gaspar, batizado aos 11/2/1724;
3 – Miguel Lopes da Fonseca, batizado aos 5/8/1725; casou aos 24/5/1756 com Ana Tereza do Espírito Santo (Ferreira);
                               AVÓS
Pais de Francisco Lopes:
1 Manuel Lopes, natural de São Pedro do Mioma, Satão, distrito de Viseu;
2 Maria Nunes, natural da Vila de Trancoso, distrito de Guarda, casados em 02/07/1687 na igreja de Santa Maria de Guimarães da Vila de Trancoso, distrito de Guarda. Maria Nunes faleceu aos 26/1/1753 em Moreira de Rei, Trancoso.
Pais de Águeda Loureiro:
3 *Antonio Dias Álvares ou Alves, natural de Vila de Tondela, distrito de Viseu, batizado em 15/3/1661 ou 1671, e falecido na freguesia de Santa Marinha de Moreira de Rei, e
4 **Izabel de Chaves, batizada aos 21/10/1674 na freguesia de Santa Marinha de Moreira de Rei, e aí falecida aos 30/04/1719. Casados em 05/06/1694 na mesma freguesia;
* Encontramos dois registros de batismo para Antonio, com a mesma filiação;
**Chaves – sobrenome de família judia, originária da Espanha.
Irmãos de Águeda Loureiro:
1 – Cecília, batizada aos22/11/1695 – falecida aos 21/2/1707;
2 – Jacinta, 3/7/1697;
3 – Maria Simões de Loureiro, 30/8/1702; casou em 10/11/1721 com Manoel Fernandes da Costa;
4 – José, 23/3/1705, e falecido aos 04/09/1724;
5 – João Alves de Loureiro casou em 30/5/1717.
6 – Gregório Dias de Loureiro, falecido solteiro aos 05/02/1761;
7 – Luís José de Loureiro, batizado aos 08/04/1716. Casou aos 30/08/1742 com Maria Ângela de Figueiredo, em Moreira de Rei, Trancoso, Guarda. Ele faleceu aos 22/04/1766, ela em 1786;
9 – Josefa Caetana.
*Os filhos do casal acima, adotaram os sobrenomes da avó paterna;
**Irmãos de Francisco Lopes:
1 – Maria Nunes, b. aos 11/04/1690;
2 – Beatriz Nunes, b. aos 24/02/1692;
3 – Miguel Nunes, b. aos 04/02/1694;
4 – Jacinta Nunes;
5 – Gaspar Nunes;
6 – Manoel Lopes;
7 – Padre João Nunes da Fonseca;
**A maioria dos filhos adotaram o sobrenome materno, como era de praxe à época;
                             BISAVÓS
Paternos:
5 Antonio Afonso, natural de Mioma, Satão, distrito de Viseu;
6 Maria Lopes, naturais da freguesia de Mioma, Satão, distrito de Viseu;
7 Gaspar Nunes, e
8 Maria Fernandes, naturais da Vila de Trancoso, Guarda;
Maternos
9 Manoel Dias Álvares, batizado em 08/03/1636, e falecido aos 13/06/1690, e
10 Maria Simões de Loureiro, batizada em 23/08/1641, e falecida aos 30/04/1690, naturais da vila de Tondela, Viseu, aonde casaram aos 28/01/1662;
 Casamento“Aos vinte e outo do mês de Janeiro de seiscentos e sessenta e dous annos Conforme o sagrado Concilio tridentino eConstituiçoens deste Bispado Recebi enface da Igreja dia feriado A Manoel Alveres fo de Antonio Dias ede sua mulher Branca Dias já defuntos ecom Maria Simoins fa do Rvdo padre Antonio de Loureiro ede Anna Manuel todos moradores nesta Villa de Tondela o que presentes aprovao oRdo padre Pedro Annes o Rdo padre Manoel de Loureiro Antonio de Mattos Antonio Fernandez Andre Joao Bras Simoins  testemunhas todos da mesma Villa E por verdade fiz este e asinei dia e mês era ut supra. Cura Manoel Vaz de Figueiredo.”
11 Antonio Gaspar de Miranda, batizado aos 26/04/1646, e falecido aos 15/04/1729, e
12 Izabel Francisca, batizada aos 19/03/1648. Casaram em Moreira de Rei em 1668.
                              TRISAVÓS
Paternos
Desconhecidos
Maternos
13 Antonio Dias, e
14 Branca Dias, naturais da vila de Tondela, Viseu;
15 *Reverendo Padre Antonio de Loureiro, e
16 Ana Manoel, mulher solteira, naturais de Tondela, Viseu.
 *O padre Antonio de Loureiro nasceu por volta de 1600, pouco mais, pouco menos, e faleceu em 09/02/1670 em Tondela.  Foi filho de Antonio Rodrigues, e de Catarina Simões, falecida em 06/11/1622.
Óbito do padre Loureiro - “ aos nove dias do mês de fevereiro de seiscentos e setenta anos faleceu o Rdo Pe Antonio de Lro. Morador nesta Villa fez testamento diante de testemunhas ficou sua fa. e genro para lhe conprir sua alma e por ser verdade fis este e asinei dia e mês era ut supra. Padre Manoel Vaz de Figueiredo.”
17 Belchior Gaspar de Miranda, e
18 Izabel de Chaves;
19 Baltazar Fernandes, e
20 Maria Domingues, todos naturais de Santa marinha de Moreira de Rei, Trancoso, distrito de Guarda.
Fontes:
1 – Famílias Pirenopolinas, de Jarbas Jaime;
2 – Arquivos paroquiais de:
2.1 - Tondela e Santão, Viseu, Portugal;
2.2 – Moreira de Rei, Trancoso, distrito de Guarda, Portugal;
2.3 - Trancoso, distrito de Guarda, Portugal;
Disponíveis no site – www.tombo.pt.

Brasília, julho de 2014.

Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

FAZENDAS ANTIGAS, SEUS DONOS E HERDEIROS EM PARACATU - 1854 E 1857.

Por José Aluísio Botelho                A LEI DE TERRAS DE 1850 Desde a independência do Brasil, tanto o governo imperial, como os governos republicanos apresentaram inúmeros projetos legislativos na tentativa de resolver a questão fundiária no Brasil, bem como regularizar as ocupações de terras no Brasil. A lei da terra de 1850 foi importante porque a terra deixou de ser um privilégio e passou a ser encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros. O objetivo principal era corrigir os erros do período colonial nas concessões de sesmarias. Além da regularização territorial, o governo estava preocupado em promover de forma satisfatória as imigrações, de maneira a substituir gradativamente a mão de obra escrava. A lei de 1850, regulamentada em 1854, exigia que todos os proprietários providenciassem os registros de suas terras, nas paróquias municipais. Essa lei, porém, fracassou como as anteriores, porque poucas sesmarias ou posses foram legitimadas, e as terras continuaram a se

LIVRO DE GENEALOGIA PARACATUENSE

Apresentamos aos nossos leitores, em formato impresso e também no e-book, livro que conta de maneira resumida a história de Paracatu, bem como a genealogia da família Botelho e suas alianças com as principais troncos familiares que lá fincaram raízes, bem como as trajetórias de ascensão social, política e econômica desses grupos familiares hegemônicos. Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui para visualizar uma prévia do livro.

SUBSÍDIOS GENEALÓGICOS: OS COSTA PINTO - UM TRONCO

Por José Aluísio Botelho Colaborou Eduardo Rocha Família pioneira no arraial do ouro, formadora da elite local e que floresceu durante o decorrer do século XIX. Iniciou-se com as uniões de João da Costa Pinto e D ona Domingas Rodrigues da Conceição, e do coronel Antonio José Pereira** e dona Maria Tereza de Castro Guimarães. Desses casais, nasceram dentre outros, Antonio da Costa Pinto e dona Francisca Maria Pereira de Castro, que se casaram no milésimo do século XVIII. *Nota: o coronel Antonio José Pereira foi administrador dos Dízimos entre 1789 e 1807; faleceu em 1812. O coronel Antonio da Costa Pinto nasceu em Paracatu por volta de 1775 e aí faleceu a 06 de agosto de 1827. Na política local foi aliado dos Pimentéis Barbosa, tendo sido ouvidor interino da vila de Paracatu do Príncipe em 1820, época de grandes turbulências na política local, bem assim em todo o Brasil, precedendo a independência. Deixou grande fortuna: Olímpio Gonzaga, que parece ter tido acesso ao inventári

SÉRIE - PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 8: OS BATISTA FRANCO

José Aluísio Botelho                  Eduardo Rocha  Mauro César da Silva Neiva Família originada no norte de Minas Gerais. Um pouco de história: em 1729, o governador da Bahia foi comunicado

FAMÍLIA GONZAGA

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA GONZAGA – TRONCO DE PARACATU Essa família iniciou-se em 1790, pelo casamento do Capitão Luiz José Gonzaga de Azevedo Portugal e Castro, fiscal da fundição do ouro em Sabará – MG, em 1798, no Rio de Janeiro, com Anna Joaquina Rodrigues da Silva, natural do mesmo Rio de Janeiro, e tiveram oito filhos, listados abaixo: F1 – Euzébio de Azevedo Gonzaga de Portugal e Castro; F2 – Platão de Azevedo Gonzaga de P. e Castro; F3 – Virgínia Gonzaga; F4 – Florêncio José Gonzaga; F5 – VALERIANO JOSÉ GONZAGA; F6 – Luiz Cândido Gonzaga; F7 – José Caetano Gonzaga; F8 – Rita Augusta Gonzaga. F5 - Valeriano José Gonzaga, natural de Curvelo,Mg, nascido em 21.07.1816 e falecido em 1868 em Paracatu, casou em 21.07.1836, com Felisberta da Cunha Dias, nascida em 15.08.1821 e falecida em 10.08.1910, natural de Curvelo; foi nomeado Tabelião de Paracatu, tendo mudado para o lugar em 1845, aonde tiveram os filhos: N1 - Eusébio Michael Gonzaga, natural de