Por José Aluísio Botelho
(Transcrito na grafia original)
"Falleceu hontem, depois de rápida enfermidade que o
victimou em pouco mais de vinte e quatro horas, o Dr. Alonso Garcia Adjuto.
Era natural de Paracatu. Em Diamantina e Ouro Preto
estudou humanidades. Veiu para o Rio matriculou-se na Escola de Medicina, que
freqüentou durante quatro annos. O estudo da língua grega seduziu-o, porém, de
tal modo, que tudo abandonou, para só a elle entregar-se.
Com a republica foi nomeado professor de grego do
externato do Gymnasio Nacional; ha uns três annos obtivera, por concurso, a
cadeira de Inglez do Lyceu de Niteroy.
Era uma intelligencia de alta esphera, espírito de
grande cultura, conhecedor profundo de línguas clássicas e modernas, versado em
questões philosophicas, muito inclinado às concepções jurídicas, sciencia em
que se formou ultimamente.
A pressa com que foi preciso enterral-o, não permittiu
a seus amigos dar-lhe a prova extrema do alto apreço e estima em que era tido.
Entretanto, compareceram
o Dr. Calogeras, deputado de Minas, Sylvio Romero, Galoglia, Said Alli, Carlos
França, C. de Abreu, Pedro Tavares, do Gymnasio Nacional, Dr. Joaquim Abílio,
Dr. Mário Alencar, tenente O. Benévolo, Flavio Peixoto, e outros cujo nome não pudemos
tomar."
Fac-símile – gazeta de notícias 06/12/1897.
Fonte: Hemeroteca da Biblioteca Nacional do Brasil.
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