Pular para o conteúdo principal

SÍRIOS-LIBANESES EM CRISTALINA - GENEALOGIA

Por José Aluísio Botelho 

"Esta é uma obra de genealogia, estando sujeita a correções e acréscimos pelo Formulário de Contato"

                           A Descoberta de Cristalina Pelos Turcos 

 O subtítulo deste ensaio requer uma explanação sucinta: os sírio-libaneses que emigravam para o Brasil desde a segunda metade do século dezenove eram genericamente referidos pelos brasileiros como ‘turcos”. Isto porque tanto a Síria, quanto o Líbano foram, durante longo período, protetorados do império Otomano ou império Turco: “Os primeiros a chegar do Oriente Médio traziam papéis do Império Otomano - Identidade de Súdito Otomano, motivo por que até os dias atuais são rotulados de turcos”. Daí a alcunha, já usado por Jorge Amado, sem conotação pejorativa. No período entre 1900 e 1946 apresentavam também documentos franceses - Certificat d'immatriculation.

No auge da segunda grande guerra mundial, houve uma enorme valorização do cristal-de-rocha nunca antes visto. Os garimpos do metal em Cristalina entraram em efervescência, com a corrida pela procura da pedra preciosa. Para lá se dirigiram centenas e até milhares de pessoas entre garimpeiros profissionais, aventureiros, mulheres de vida fácil e homens de fino trato da sociedade: médicos, dentistas, advogados, engenheiros etc. Dentre eles, inúmeros sírio-libaneses e/ou descendentes, vindos, notadamente, das cidades de Catalão, Formosa e Ipameri, em Goiás, bem como de Minas Gerais, principalmente de Uberlândia. A maioria retornaram às suas cidades de origem, poucos ficaram definitivamente em Cristalina, onde formaram famílias que se tornaram tradicionais na cidade.

Alguns sobrenomes existentes em Cristalina na década de 1940, auge do comércio de cristais: Agel, Assad, Attié, Azzi, Cosac, Daher, Fayad, Gebrim, Malluhy/Salles, Nasser. Na linha do tempo podemos acrescentar os  Al Faraj, e outros que lá viveram. 

Genealogia

DAHER


Miguel José Daher e Saada Abras, naturais da aldeia de Cheikh Taba no Líbano, região fronteiriça com a Síria. O casal teve seis filhos, cinco emigraram para o Brasil e se fixaram em Goiás. Somente um membro desta família viveu em Cristalina. Dentre os filhos do casal acima, destacamos:

1 José Miguel Daher, nascido em 1888 no Líbano, falecido em 1938; foi casado com Sofia Daher, falecida em 1961; pais de:

1.1 Dr. Wasfi José Daher, nascido em 1916 em Ipameri, Goiás; viveu em Cristalina por vários anos. Médico e fazendeiro, foi prefeito da cidade duas vezes: de 1955 a 1959 e de 1961 a 1966; Casado com Natércia Brochado Adjuto, natural de Paracatu, filha legítima de José Luiz Adjuto e de Zulmira Durães Brochado; neta paterna de Francisco Garcia Adjuto e de Alexandrina Loureiro Gomes. Neta materna de Domingos Pinto Brochado Sobrinho e de Eloína Durães.

Filhos:

1.1.1 Ivana Lúcia Adjuto Daher, nascida e batizada em Cristalina, Goiás; foi casada com Wellington Daher. Filhos:

1.1.1.1 Vítor Daher;

1.1.1.2 Luzia Daher;

1.1.2 Janina Júnia Adjuto Daher, casada com Luiz Fernando Gomes. Filhos:

1.1.2.1 Helena;

1.1.2.2 Luiz Felipe;

1.1.3 Sofia Cristina Daher, casada com Ary Terra Aranha. Filho:

1.1.3.1 José Pedro;

1.2 Munir José Daher;

1.3 Miguel José Daher;

1.4 Morched José Daher;

1.5 Maria José Daher;

1.6 Jamil José Daher.

COSAC OU COZAC OU COUZAC

Originários de Kafroun Badra, Síria. Morad ou Murad Cosac e sua mulher Martha Malluhy (Salles) Cosac emigraram para o Brasil na primeira metade do século vinte. Martha Salles Cosac, nascida em 1874, filha de Charid Malluhy e de Marrara Malluhy, faleceu no Rio de Janeiro em 06/01/1952. Tiveram nove filhos

Filhos:

1 João Murad Cosac*, nascido em 1900 e falecido em 1969 no Rio de Janeiro; casado na Síria com Jamile Demétrio Cosac, filha de Demétrio Cosac e de Rafia Cosac, pais de:

1.1 Nazir João Cosac, falecido em 19/08/2005; foi casado com sua prima Mathilde Gebrim Cosac, filha de Ibrahim Gebrim e de Labibe Cosac Gebrim, pais, dentre outros, de:

1.1.1 René Cosac;

1.1.2 Mustafá Cosac;

1.1.3 Ricardo Cosac;

1.2 Nazira Cosac;

1.3 Mustafá Cosac;

1.4 Rana Cosac, falecida em 1880;

1.5 René Cosac, casado com Maria Ignez Mesquita Cosac; filha:

1.5.1 Suyan Cosac;

1.6 Sílvia Cosac;

1.7 +filhos

*João Murad Cosac foi o fundador do Grupo Telequartz de Companhias de Minérios, fundado na década de 1920. É um grupo brasileiro e exportador de grande porte, líder mundial na exportação de cristais de rocha e quartzo. A família Cosac fundou ainda outras mineradoras no Brasil como a Sílica Sand, Mineral do Brasil e Santa-Rosa.

Curiosidades

A Telequartz possui pedras expostas em várias partes do mundo, a mais emblemática é um quartzo de altíssima pureza exposta no British Museum, Londres, Inglaterra.

2 Eduardo Cosac, falecido em 15/10/1961; foi casado com Zahia Cosac.

Filhos:

2.1 Nilza Cosac;

2.2 Mário Cosac;

2.3 Vitória Cosac;

2.4 Mary Cosac;

2.5 Martha Cosac;

2.6 Salua Cosac;

3 Yunam Cosac ou William Cosac, falecido no Rio de Janeiro em 05/03/1966 aos 53 anos; casado com Alice Cosac, filha de Aziz Cosac e de Zahia Salles Cosac. 

Filhos:

3.1 William Cosac;

3.2 Martha Cosac;

3.3 Vera Lúcia Cosac;

3.4 +1 filha;

4 Radif Cosac casado com Eva Cosac.

Filhos:

1 Roberto Cosac;

2 Eduardo Cosac;

3 Cathia Cosac

4 +filhos ?

5 Nabih Cosac casado com Rahil Salles.

Filhos:

1 Kaled Nabih Cosac, natural de Catalão, falecido em 1970; foi casado com Lutz de Paiva Resende, já falecida, filha de Otaviano de Paiva Resende e de Leonor Bittencourt, falecidos;

2 Michel Cosac, natural de Catalão; foi casado com Selma Meireles;

3 Hassan Nabih Cosac (Fusco), natural de Catalão, falecido em 2020; foi casado com Nena Braz de Queiroz, natural de Ipameri, filha de Rodolfo Braz de Queiroz e de ???(editar)

4 +filhos

6 Labibe Cosac Gebrim, casada com Ibrahim Gebrim, falecido em São Paulo em 25/01/1950; filhos:

6.1 Mathilde Gebrim Cosac casada com Nazir João Cosac, vide item 1.1;

6.2 Abdulcarim Gebrim;

6.3 Gilberto Gebrim;

7 Maria Cosac Kalil.

+2 filhos.

Desentroncados

Aziz Cosac casado com Zahia Salles Cosac, prima de Chaud Salles. Em 1937 o casal era morador em Formosa, Goiás. Não foi possível entroncá-los, embora haja fortes indícios de ser o casal parentes próximos do casal Morad Cosac e Martha Salles Cosac.

Filhos descobertos:

1 Farid Cosac, nascido em Formosa, Goiás, filho de Aziz Cosac e de Zahia Salles Chaud ou Chadud; foi casado com Maria Madalena do Amaral Louly, filha do coronel Deodato do Amaral Louly, natural de Luziânia Goiás e de Minervina da Silva, natural de Planaltina, Goiás.

Filhos descobertos:

1.1 Omar Ubirajara Cosac casado com Urânia Amaral Resende Cosac, filha de Aprígio Resende e de Ceci Amaral Resende;

1.2 Brasil Ubirajara Cosac, casado com sua prima Sumaia Salles Cosac, filha de Abdon Abdelmasih Malluhy e de Maria Aziz Cosac, Nenê;

1.3 Leila Vitória Cosac;

1.4 +filhos ?

2 Rafi Aziz Cosac;

3 Alberto Aziz Cosac (Albertinho), casado com Antonieta dos Reis Calçado Lopes, filha de Arlindo Lopes, da Bahia e de Maria dos Reis Calçado (hotel Piramidal), de Paracatu;

FAYAD COSAC (editar)

José Fayad Cosac, fundador da 'Casa Para Todos' em 19/08/1966 na Rua Goiás, 494. Com dona 'Tutinha", teve os filhos:

1 José Cosac, futebolista do CAC;

2 Jamila Cosac;

3 Marta Cosac;

4 Diana Cosac, casada com Germano de Oliveira Melo, festejado artista plástico, escultor e escritor cristalinense;

5 Maria Cosac;

6 Marússia Cosac;

7 + filhos

SALLES (MALLUHY)

Família originária de Kafrun Badra, Síria. No Brasil, o sobrenome Malluhy se corrompeu, como se diz em genealogia, para Salles em alguns lugares. Em Cristalina, duas famílias desse sobrenome se fixaram nos primórdios da cidade.

1 Chaud Salles, em 1937 era morador em Formosa, Goiás, onde mantinha casa comercial de Ferragens, louças e quinquilharias. Na década de 1940 já era morador em Cristalina. Comerciante de cristal, fazendeiro e industrial, foi fundador da primeira fábrica de manteiga na região. Foi casado com Benedita Salles.

Filhos:

1 Fátima Chaud Salles;

2 Said Alberto Salles;

3 Maria Lúcia Salles;

4 Selma Salles Assad, casada que foi com Elias Assad; com descendência;

5 Sônia Salles.

2 Abdelmasih Maluhy ( Abdon Salles), de Catalão, Goiás, filho de Salomão Malluhy e de Assima Malluhy; casado com Maria Aziz Cosac, de Formosa, Goiás, filha de Aziz Cosac e de Zahia Salles Chadud ou Chaud (Nenê):

Industrial Abdon Salles, o filho de Salomão Malluhy e de Assima Malluhy, nascido em Cafrum Badra, Syria 10|08|1.905, casou em 12|10|1.930 c| Maria Aziz Cosac, nascida em Formosa, Goias 22|12|1.908, filha de Aziz Cosac e de Zahia Salles Chadud; test.: Antônio Salles, Benjamin Miguel, Demétrio Cosac e Nabih Cosac; perante o Dr Juiz de Direito da Comarca de Catalão, Diocles Gomes Barbo de Siqueira; assina o official Ythamar de Sant'Anna”. Casamento 95, fls 195, Livro 13 - Arquivo Histórico Estadual de Goiás.

Pais de:

2.1 Sumaia Salles, casada com seu primo Brasil Cosac;

2.2 Diana Salles Cosac;

Abdon teve os irmãos: Antônio Salles e Rahil Salles casada com Nabih Cosac, acima n.º 5.

ATTIÊ

Família originária de Baino Akkar no Líbano. Estabeleceram inicialmente na região de Guaxupé, Monte Santo, Guaranésia e foram gradativamente se espalhando para outras regiões do Brasil, inclusive Cristalina, na década de 1940, com chega de quatro irmãos: Abrahão, Mário, José e Arnaud Attié.

Antônio Attié e sua mulher Maria Sabbag Attié, falecida em 1969. foram os pais de 9 filhos descobertos:

1 Nagibe Attié Macari, nascida em 25/3/1917 na Síria e falecida em 10/7/1978 Barretos, SP;

2 Olga Attié Calil, nascida em Guaxupé em 9/5/1924 e falecida em 30/8/1998 em Barretos, SP;

3 Mário Attié, nascido em 8/12/1928 em Guaxupé; foi casado em Cristalina com Gessy Attié; pais de, dentre outros:

3.1 Mário Attié Filho;

4 Alfredo Attié, nascido em 25/09/1930 em Guaxupé;

5 José Attiê, nascido em Guaxupé em 8/7/1932 e falecido em 12/06/1989 em Cristalina; foi casado com Cecy Peixoto Attiê, nascida em 1937 e falecida em 1989;

6 Abrão Attiê, foi casado em Cristalina com Aurora Ramos Cabral; ambos já falecidos; filhos:

6.1 Célia Attié;

6.2 Lux Attié;

6.3 Antônio Roney Attié;

6.4 Sônia Attié;

7 Calixto Attié;

8 Sadala Attié, falecida em Barretos, SP;

9 Tufi Attié;

10 Arnold (Anor) Attié, casado com Rosa Maia Attié. Foram os pais de:

10.1 Luiz Carlos Attié, natural de Barretos, ex-prefeito de Cristalina.

ALI FARAJ OU FARAGE

Originários da Síria.

1 Salim Ali Faraj, falecido em 17/06/2002; foi casado com Zeneide Aragão Farage, natural de Paracatu, filha de Henrique Aragão e de Ilda (Creola) Alves Aragão; com descendência:

2 Amim Ali Faraj, casado com Carmem de Paiva Faraj, com descendência.

Fontes de apoio:

- Cemdaher.com.br

- Familysearch.org;

- Historiografia para Catalão;

- hemeroteca da Biblioteca Nacional do Brasil;

- Informações orais de família..

Comentários

  1. Anônimo4:17 PM

    Gostei muito de ver esses relatos de moradores de CRISTALINA,alguns foram meus amigos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

FAZENDAS ANTIGAS, SEUS DONOS E HERDEIROS EM PARACATU - 1854 E 1857.

Por José Aluísio Botelho                A LEI DE TERRAS DE 1850 Desde a independência do Brasil, tanto o governo imperial, como os governos republicanos apresentaram inúmeros projetos legislativos na tentativa de resolver a questão fundiária no Brasil, bem como regularizar as ocupações de terras no Brasil. A lei da terra de 1850 foi importante porque a terra deixou de ser um privilégio e passou a ser encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros. O objetivo principal era corrigir os erros do período colonial nas concessões de sesmarias. Além da regularização territorial, o governo estava preocupado em promover de forma satisfatória as imigrações, de maneira a substituir gradativamente a mão de obra escrava. A lei de 1850, regulamentada em 1854, exigia que todos os proprietários providenciassem os registros de suas terras, nas paróquias municipais. Essa lei, porém, fracassou como as anteriores, porque poucas sesmarias ou posses foram legitimadas, e as terras continuaram a se

LIVRO DE GENEALOGIA PARACATUENSE

Apresentamos aos nossos leitores, em formato impresso e também no e-book, livro que conta de maneira resumida a história de Paracatu, bem como a genealogia da família Botelho e suas alianças com as principais troncos familiares que lá fincaram raízes, bem como as trajetórias de ascensão social, política e econômica desses grupos familiares hegemônicos. Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui para visualizar uma prévia do livro.

SUBSÍDIOS GENEALÓGICOS: OS COSTA PINTO - UM TRONCO

Por José Aluísio Botelho Colaborou Eduardo Rocha Família pioneira no arraial do ouro, formadora da elite local e que floresceu durante o decorrer do século XIX. Iniciou-se com as uniões de João da Costa Pinto e D ona Domingas Rodrigues da Conceição, e do coronel Antonio José Pereira** e dona Maria Tereza de Castro Guimarães. Desses casais, nasceram dentre outros, Antonio da Costa Pinto e dona Francisca Maria Pereira de Castro, que se casaram no milésimo do século XVIII. *Nota: o coronel Antonio José Pereira foi administrador dos Dízimos entre 1789 e 1807; faleceu em 1812. O coronel Antonio da Costa Pinto nasceu em Paracatu por volta de 1775 e aí faleceu a 06 de agosto de 1827. Na política local foi aliado dos Pimentéis Barbosa, tendo sido ouvidor interino da vila de Paracatu do Príncipe em 1820, época de grandes turbulências na política local, bem assim em todo o Brasil, precedendo a independência. Deixou grande fortuna: Olímpio Gonzaga, que parece ter tido acesso ao inventári

CONEXÃO PARACATU/CRISTALINA - UMA FAMÍLIA PIONEIRA: OS BITTENCOURT ESMERALDO

POR JOSÉ ALUÍSIO BOTELHO Bèttencourt – sobrenome de raiz toponímica, originário da Normandia, França, adotado pelos senhores de Bèttencourt e Granville. No século XV, membros da família imigram para as ilhas Canárias na Espanha e daí, passam à ilha da Madeira, e, por fim, para os Açores. Para o Brasil, ao longo dos séculos após o descobrimento, vieram inúmeros portadores do sobrenome em busca de melhores condições de vida. A corrupção do sobrenome se deu sobretudo no Brasil colônia, onde encontramos as variantes: Bittencourt, Bitencour, Bitencur, Bitancor, etc. Esmeraldo – sobrenome surgido na ilha da Madeira, situando-se entre as principais e tradicionais da freguesia da Ponta do Pargo, concelho de Calhetas. Parece ter desaparecido na descendência em Goiás. Em meados do século dezenove o madeirense Ayres Bettencourt Esmeraldo deu com os costados no sertão do noroeste de Minas, Paracatu, onde casou com uma filha da terra. Posteriormente, o casal muda para a província de Goiás

ACHEGAS AS "MEMÓRIAS GENEALÓGICAS E HISTÓRICAS DA FAMÍLIA CALDEIRA BRANT"

Por José Aluísio Botelho Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu (leia sobre ele in fine), escreveu na segunda metade do século XIX, obra manuscrita até hoje não publicada, intitulada “Memórias Genealógicas e Históricas da Família Caldeira Brant e Outras Transcripcõens e Originaes”, em que descreve a genealogia e a história da família desde sua origem na Bélgica no século XIV, passando por Portugal até chegar no Brasil em fins do século dezessete, início do dezoito. O conde linhagista em seu códice, teve o cuidado de fazer transparecer a verdade genealógica em s uas pesquisas: discorre sobre a origem dos Van Brant em Anvers (francês) = Antuérpia, baseada em fontes secundárias, faz conjecturas acerca do nome Van Brant em analogia aos duques de Brabant e a possível origem bastarda, ilegítima dos Brant . Com breves referências sobre o tronco português, passa ao Brasil, aonde aprofunda as investig ações de seu ramo genealógico paterno , bem com o dá ênfase à s suas orig