Pular para o conteúdo principal

CASAIS PIONEIROS NO ARRAIAL DO OURO - MINAS DO PARACATU



 Por José Aluísio Botelho

Devido à falta de fontes primárias do arquivo da matriz de Santo Antonio da Manga de Paracatu, com o sumiço dos livros paroquiais, bem como a fragmentação dos existentes, notadamente do século dezoito, não se consegue elaborar na sua plenitude, a descendência de diversas famílias lá geradas pelos casamentos ou pelo concubinato. Famílias estas, formadoras da pirâmide social sob o ponto de vista político e econômico, do tipo social relativo à cor da pele, notadamente a partir do processo miscigenatório, que lá se iniciou já no núcleo povoador primitivo. Importante também salientar, que a maioria absoluta do homem branco europeu que acorreram às Minas do Paracatu, era composta de portugueses do norte do país, da região do Minho; não menos importante, foi a migração interna, desde o homem branco paulista, até o homem já mestiço vindo de regiões mineradoras exauridas do norte da capitania mineira, como Serro do Frio, Vila do Príncipe e Minas Novas, e também da Bahia. Por fim, num esforço intelectual, aproveitamos os dados colhidos, para disponibilizar a relação de alguns casais e de filhos esparsos encontrados em tais documentos, e que complementa trabalho anterior.

 ANTÔNIO SOARES PAIS OU PAES E ANA MARIA LEME

Casal de origem paulista. Capitão Antônio Soares Paes  natural da cidade de São Paulo* (conforme informado nos assentos de batismos das netas Joaquina e Ana - vide imagens abaixo), foi para Goiás, em busca do ouro. Encontramos suas pistas: casou em Vila Boa de Goiás com Ana Maria Leme, natural dali, mas, também com origem paulista, e lá tiveram filhos. Em exercício dedutivo, é bastante provável que Antônio Soares Pais, acompanhou Felisberto Caldeira Brandt rumo as recém descobertas minas de Paracatu. 
 *São Paulo foi elevada à cidade em 1711. Há controvérsias quanto ao local de nascimento do capitão Antônio Soares Paes - nos batismos das netas em Paracatu, diz-se que ele era natural de São Paulo; já nos batismos das netas nascidas em Diamantina, diz-se que ele era natural de Itu - somente com a localização de novos documentos sobre ele, poderá dissipar a dúvida.
Localizamos cinco filhos do casal, sendo que três deles nasceram em Vila Boa de Goiás, e outro nascido nas Minas do Paracatu, bem como seus casamentos e alguns filhos:
1 – Ana Maria Leme, natural de Vila Boa de Goiás; casada com Antonio Neto Carneiro Leão, natural de São Tiago de Carvalhosa, Paços de Ferreira, Município do Porto, filho de Francisco Carneiro Leão e Maria Neta; este casal, pelos seus descendentes, legou seu sangue à Nobiliarquia Brasileira, exemplificado no Marques de Paraná, Honório Hermeto Carneiro Leão. Visite neste blog – Carneiro Leão
2 – Teresa Soares Paes, nascida em Vila Boa de Goiás; casada com Custódio Pinheiro da Costa, com descendência em Paracatu; vide Costa Pinheiro - Pinheiro da Costa, item 2
3 – Maria Soares Paes, nascida em Vila Boa de Goiás; casada com o tenente José de Sousa Lisboa, natural da freguesia de Conceição Nova da cidade e patriarcado de Lisboa, filho legítimo de Simão de Sousa, natural de Molelos, Concelho de Besteiros, distrito de Viseu, e de Suzana Ferreira, natural de São Pedro de Alfama, Lisboa. 
Nota: deriva deste casal os sobrenomes Sousa Soares e Sousa Lisboa, com descendência em Unaí, MG.
Filhos conhecidos:
3.1 - José de Sousa Lisboa Júnior casado com Joana de Oliveira, com descendência;
3.2 – Joaquina de Sousa Soares, batizada em 20/08/1761 na Matriz da Manga. Casou duas vezes: 1ª vez com Ventura Pereira dos Santos; 2ª vez, já cinquentenária com o Capitão Manoel Pinto Brochado, sem descendência de nenhum dos leitos;
Batismo de Joaquina
 3.3 – Ana de Sousa Soares, batizada em 08/04/1766; 
Batismo de Ana
4 – *Guarda mor Felisberto Soares da Costa, nascido no arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu. Viveu no Tijuco (Diamantina), aonde casou com Maria Vitória da Conceição, natural de Araçuaí, à época bispado da Bahia. Em 1788 solicita e registra provisão de banhos e de batismos no arraial de Paracatu. Imagem abaixo:

Filhos descobertos:
4.1 – Ana Vitória Soares, nascida em 30/04/1791, com descendência;
4.2 - Jacinta Vitória Soares, nascida em 03/04/1793, solteira sem descendência;
4.3 - Alferes Felisberto Soares Paes Leme, nascido entre 1794/1795; casado com uma sobrinha de nome ignorado, com descendência;
4.4 - Maria Isidora Soares Leme, nascida em 1797, sem mais notícias;
4.5 -Silvéria Celestina Soares, batizada em24/08/1799, solteira e sem descendência;
 4.6 – José Paes Leme da Costa, nascido em 16/01/1801; sem descendência;
4.7 - Rosaura Simplícia Soares da Costa, , nascida em 1803, solteira, sem descendência;
4.8 - Antonia Thereza Soares, solteira, sem descendência.
*Arquidiocese de Diamantina – Livro paroquial da Capela de Santo Antonio do Tijuco, 1791 – 1806; Biblioteca Antonio Torres, acervo; dados fornecidos pelo Dr. Fernando Paes Leme, descendente do casal acima.
5 - Ana Izabel Soares Paes, sem mais notícias. 

 PEDRO LEME DA SILVA E GERTRUDES RODRIGUES DE ALMEIDA

Pedro Leme da Silva, natural da vila de Jundiaí, São Paulo, filho de Antonio Leme do Prado (citado por Silva Leme, título Prados), de Jundiaí e de Maria de Abreu do Prado, natural da vila Parnaíba, São Paulo. Casou em Vila Boa de Goiás com Gertrudes Rodrigues de Almeida, ali nascida e batizada, filha de Antonio de Almeida, natural da cidade de Braga, Portugal, e de Teresa Cubas Rodrigues, da vila de Parnaíba. De Vila Boa rumaram para as Minas do Paracatu, e se estabeleceram, em primeiro no arraial da Lagoa, e posteriormente na Ribeira do Rio Preto, na sesmaria do Bom Jardim, aonde tiveram e criaram seus filhos descobertos:
1 – Ana Maria Leme do Prado, casada com Antonio José Cabral, ambos naturais da freguesia de Santo Antônio da Manga das Minas do Paracatu; filha descoberta:
1.1 -Antonia, nascida em 30/08/1774;
2 - Manoel, batizado em 31/03/1765;
3 – Teresa Leme, nascida em 20/04/1775;
4 - Pedro Leme da Silva, casado em 1787 com Ana Cardoso.

JOSÉ VICENTE DE LIMA E MARIA GONÇALVES LEME

José Vicente de Lima, natural de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Portugal, filho legítimo de João Vicente de Lima, natural dali, e de Apolônia Maria, natural de Lisboa, casado no arraial de São Luiz e Santana com Maria Gonçalves Leme, filha legítima de João Gonçalves Pena e de Maria Leme de Leão, naturais da vila de Itu, São Paulo. Filhos descobertos:
1 – Antônia, nascida em 05/10/1774;
2 – Tomaz, batizado em 22/03/1776;
3 – Maria, nascida em 24/02/1777.

 FERNANDO JOSÉ DA CUNHA E LUIZA PEREIRA

Fernando José da Cunha, natural de Romarigães, Paredes de Coura, Viana do Castelo, filho de Pedro Fernandes e de Maria Afonso, casou nas minas com Luiza Pereira, natural do arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, filha de Lauriano Pereira Maia e de Tereza Pereira. Filho descoberto:
1 - José, batizado em 26/06/1764.

 *MANOEL PACHECO DE SOUSA E ANA MARIA

Manoel Pacheco de Sousa, natural da ilha de São Miguel, Açores, filho de Antonio Pacheco de Sousa e de Luiza Vieira, casou com Ana Maria Ferreira, natural das Minas, filha natural de Maria Ferreira e pai incógnito. Desse casal deriva os Pacheco Lima.
Filhos:
1 – Violante Ferreira, casada com José Carvalho da Cunha;
2 - José, batizado em 17/09/1764.
*O sobrenome perpetuou no município de João Pinheiro e Abaeté, MG.

 SILVESTRE RIBEIRO DE MIRANDA E RITA MARIA DE CASTRO

Silvestre Ribeiro de Miranda, natural da freguesia de Santão, Felgueiras, Arcebispado de Braga, filho de Domingos Ribeiro e Ana Ribeiro, casou nas minas com Rita Maria de Castro, natural do arraial de Traíras, capitania de Goiás, filha do sargento mor Bento José e de Maria Vaz de Castro. Filho descoberto:
1 - Ana, batizada em 18/11/1764.
Sobre o Sargento mor Bento José: de Portugal veio para o arraial de Traíras na capitania de Goiás e de lá passou às minas do Paracatu; em 1751 diz ele - "assistente no arraial de São Domingos, que vive de minerar, natural da freguesia de Nossa Senhora da Vitória, Bispado do Porto, de idade de 43 e três anos, pouco mais ou menos."

 MANOEL DE SOUSA LUCIANO E LUCIANA DA COSTA DA CONCEIÇÃO

Casal oriundo da vila de Santo Antonio do Urubu, bispado da Bahia, que acorreu para as minas. Os filhos descobertos são naturais e batizados na dita vila do Urubu.
1 – Felipa de Sousa Santana Costa, casada nas minas com Manoel Francisco Duarte, natural de São Cristóvão da Macinhata, bispado de Coimbra, filho de Simão Francisco Duarte e de Josefa Marques da Silva. Filhos descobertos:
1.2 - Bento, batizado em 02/12/1764;
1.3 – Antônio, nascido em 17/01/1776;
2 – Luciana de Sousa, casada nas minas com José Caetano de Sousa, natural de São Gonçalo do Amarante, bispado do Porto, filho de João Coelho e de Maria Pinto. Filho descoberto:
2.1 - Antonio, batizada em 1765;
3 – Domingas de Sousa Costa, casada nas minas com Pedro Antonio Manço, natural da Bahia, filho de Antonio da Mouraria Lobo, natural de Lisboa e de Francisca Rodrigues de Almeida, natural do Alentejo. Filho descoberto:
3.1 - Antonia, batizada em 21/06/1766.

 ALFERES JOSÉ RODRIGUES DA SILVA E JOANA DE SOUSA PEREIRA

O alferes José Rodrigues da Silva, natural de Vila Rica, foi homem abastado no arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu; notadamente nas décadas de 1750 e 1760, exerceu os principais cargos de governança do arraial. Casou por lá, com Joana de Sousa Pereira. Filhos descobertos, naturais da freguesia da Manga das Minas do Paracatu:
1 - Joaquina, batizada em 23/01/1758;
2 - Vitória Rodrigues da Silva, casada com Cosme do Amaral do Rego, filho Felipe do Amaral do Rego, português e de Quitéria das Neves, natural da freguesia da Manga.

 MANOEL MARTINS DE ABREU E BÁRBARA MARTINS

Manoel Martins de Abreu, natural de São Pedro de Roriz, Santo Tirso, distrito do Porto, filho de João de Abreu e Ana Martins, casou nas minas com Bárbara Martins, natural do Serro do Frio, filha de Bento Ferreira Bastos, natural de São Martinho de Val de Burros, Lamego e de Joana Martins Viana. O casal deixou numerosa descendência na região onde é hoje o município de Unaí, Minas Gerais. Filhos descobertos:
1 – Maria, batizada em 13/05/1772;
2 – Manoel, nascido em 17/03/1775.
3 – Ana, batizada em 01/01/1777.

 ANTÔNIO JOSÉ CABRAL E ANA DE SOUSA CAMELO

Antonio José Cabral, natural da Sé da cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, filho de Francisco Martins Sodré e de Francisca Estácia, da ilha do Faial, casou nas minas com Ana de Sousa Camelo, natural de Nossa Senhora da Conceição das Almas, Arcebispado da Bahia, filha de Mateus Fernandes, da Ilha Terceira e de Josefa Maria da Trindade. Filho descoberto:
1 - Vicente, nascido em 27/09/1765.

 ÂNGELO DE LEÃO E DOMINGAS GONÇALVES

Ângelo de Leão, natural da cidade de São Paulo, filho de Guilherme de Oliveira e de Mariana de Leão, casou nas minas com Domingas Gonçalves, nascida na Vila de Sabará, e batizada na Roça Grande, bispado de Mariana, filha de Mateus Gonçalves e de Ana Reimão. Filho descoberto:
1 - Maria, batizada em 28/02/1765.

 ANTÔNIO FERREIRA GUIMARÃES E ANA MARIA DE SÃO JOSÉ

Antonio Ferreira Guimarães, natural da freguesia de Mesão Frio, termo de Guimarães, Braga, filho de João Ferreira e de Margarida Mendes, casou nas minas com Ana Maria de São José, natural de Sabará, filha de Antonio Machado e de Francisca Rodrigues da Conceição. Filhos descobertos:
1 – Agostinha Ferreira Guimarães;
2 - Antônio, batizado em 08/04/1767;
3 - Antônia, nascida em 05/07/1771;
4 – Antônio, o segundo do nome, nascido em 17/01/1774;
5 – Dionísia, nascida em 05/10/1777;
José – Exposto.

 ANTÔNIO SOARES DE ARAGÃO E ANTONIA MARIA DOS REIS DE JESUS

Casal estabelecido na região do Urucuia, freguesia da Manga das Minas do Paracatu. Filhos:
1 – Mateus dos Reis de Aragão, casado com Luisa dos Reis Sol, filha de Manoel da Silva Reis e de Ana Izabel Sol. Filha descoberta:
1.1 - Maria, batizada em 29/10/1771;
2 – Antônia Maria;
Irmão de Antonio: Estevão Soares de Aragão, morador no sítio da Ribeira de São Pedro.

 MANOEL FERRAZ DE BRITO IZABEL MARIA DA CONCEIÇÃO

Natural da Vila de Viana, Viana do castelo, Portugal, filho de João Ferraz de Brito e de Joana Pereira, casado nas minas com Izabel Maria da Conceição, natural dali, filha de Antônio Pereira da Fonseca, também nascido na freguesia da Manga do Paracatu, e de Maria Gonçalves, natural da freguesia de Santo Antônio do Curvelo. Filho descoberto:
1 - Maria, batizada em 29/05/1774.

 DOMINGOS FERREIRA SOUTO E SUA MULHER CUJO NOME SE IGNORA.

1 - Rita Ferreira Souto, casada com Francisco Pereira de Carvalho;
Filho:
1.1 – Gonçalo, batizado em 22/11/1776;
2 – Rosa Ferreira Souto, casada com José Martins Torres, filho de Inácio Jorge Torres, natural da região do Porto e de Maria Cardoso, natural da cidade do Rio de Janeiro. Filho descoberto:
2.1 – Inácio, batizado em 13/12/1774;
3 - Padre Salvador Ferreira Souto.
Desentroncados:
1 Padre Manoel Ferreira Souto;
2 João Ferreira Souto, nascido em 1786. Ainda vivia em 1878;
3 Francisco Ferreira Souto, nascido por volta de 1770; casado com Ana de Oliveira Dias; filhos:
3.1 Alberta Ferreira Souto, nascida em 1793, casada;
3.2 Marcelina Ferreira Souto;
3.3 Antônia Ferreira Souto;
3.4 Vicente Ferreira Souto; casado com Isidora Martins Ferreira. Filhos:
5.1 Francisco Ferreira Souto;
5.2 Maria Martins Ferreira;
4 Manoel Ferreira Souto, nascido em 1818; com N teve:
4.1 Matheus Ferreira Souto, nascido em 1843;
4.2 Clemente Ferreira Souto.

Fontes:
1 – Arquivo Público Municipal de Paracatu: livro de registros paroquiais da matriz de Santo Antônio da Manga, incompletos e/ou fragmentados, no período de 1758 a 1772;
2 – Arquivo da matriz de Santo Antônio da Manga – registros de batismos - 1774/1777;

“Esta é uma obra de genealogia, estando, portanto, sujeita a correções e acréscimos”.





Comentários

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

GUARDA-MOR JOSÉ RODRIGUES FRÓES

Por José Aluísio Botelho             INTRODUÇÃO  Esse vulto que tamanho destaque merece na história de Paracatu e de  Minas Gerais, ainda precisa ser mais bem estudado. O que se sabe é que habilitou de genere em 1747 (o processo de Aplicação Sacerdotal se encontra arquivado na Arquidiocese de São Paulo), quando ainda era morador nas Minas do Paracatu, e embora fosse comum aos padres de seu tempo, aprece que não deixou descendentes*. Que ele foi o descobridor das minas do córrego Rico e fundador do primitivo arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu, não resta nenhuma dúvida. De suas narrativas deduz-se também, que decepcionado com a produtividade das datas minerais que ele escolheu, por direito, para explorar, abandonou sua criatura e acompanhou os irmãos Caldeira Brandt, que tinham assumido através de arrematação o 3º contrato de diamantes, rumo ao distrito diamantino. Documento de prova GENEALOGIA  Fróis/Fróes - o genealogista e descendente Luís Fróis descreveu

REIS CALÇADO - UMA FAMÍLIA JUDIA NA PARACATU DO SÉCULO XVIII

Por José Aluísio Botelho  Eduardo Rocha Mauro Cézar da Silv a Neiva   Família miscigenada, de origem cristã nova pela linha agnata originária do Ceará . Pois

FAMÍLIA GONZAGA

Por José Aluísio Botelho FAMÍLIA GONZAGA – TRONCO DE PARACATU Essa família iniciou-se em 1790, pelo casamento do Capitão Luiz José Gonzaga de Azevedo Portugal e Castro, fiscal da fundição do ouro em Sabará – MG, em 1798, no Rio de Janeiro, com Anna Joaquina Rodrigues da Silva, natural do mesmo Rio de Janeiro, e tiveram oito filhos, listados abaixo: F1 – Euzébio de Azevedo Gonzaga de Portugal e Castro; F2 – Platão de Azevedo Gonzaga de P. e Castro; F3 – Virgínia Gonzaga; F4 – Florêncio José Gonzaga; F5 – VALERIANO JOSÉ GONZAGA; F6 – Luiz Cândido Gonzaga; F7 – José Caetano Gonzaga; F8 – Rita Augusta Gonzaga. F5 - Valeriano José Gonzaga, natural de Curvelo,Mg, nascido em 21.07.1816 e falecido em 1868 em Paracatu, casou em 21.07.1836, com Felisberta da Cunha Dias, nascida em 15.08.1821 e falecida em 10.08.1910, natural de Curvelo; foi nomeado Tabelião de Paracatu, tendo mudado para o lugar em 1845, aonde tiveram os filhos: N1 - Eusébio Michael Gonzaga, natural de

SÉRIE - PIONEIROS DO ARRAIAL DO OURO 5 - FAMÍLIA SILVA NEIVA

Por José Aluísio Botelho Mauro César da Silva Neiva e Eduardo Rocha No lusco - fusco do arraial de São Luiz e Santana das Minas do  P aracatu, final do século dezoito, que em breve iria administrativamente  se transformar em Vila, passando a se chamar Vila do Paracatu do  Príncipe, dois irmãos, cuja procedência não se sabe, lá se estabeleceram. À época, a mineração se encontrava em franca decadência, e a alternativa era a agropecuária rudimentar, baseada em latifúndios. Portanto, os irmãos em questão, João Lourenço e Lourenço da Silva Neiva, adquiriram terras na fértil região do Pouso Alegre, onde edificaram fazendas de criação de gado, casaram e criaram os filhos, gerando troncos da importante e tradicional família Silva Neiva, que se espalhou pelos arredores e alhures. A naturalidade deles  é desconhecida, porém, tudo leva a crer serem de origem portuguesa. Casaram-se com duas irmãs, com descendência adiante: A – João Lourenço da Silva Neiva, falecido aos 16/12/1824, casado c

O CORONEL MANOEL FERREIRA ALBERNAZ E SEUS DESCENDENTES

Por Eduardo Rocha Mauro Cézar da Silva Neiva Colaborou José Aluísio Botelho (Última atualização em 23/09/2024: 1 A família inicial 2 Outros Albernazes, in fine). Família iniciada em Paracatu na era de 1830, quando lá se estabeleceu o alferes/capitão Manoel Ferreira Albernaz, vindo da região de Aiuruoca, sul de Minas, com esposa e filhos, adquirindo a fazenda da Capetinga. Manoel Ferreira Albernaz, o velho (vamos chamá-lo assim), era natural de Taubaté, São Paulo, onde nasceu em 1780, pouco mais (declarou 49 anos em 1832, branco, negociante em processo matrimonial no Porto do Turvo, onde era morador). Tem ascendência ainda ignorada, embora se possa afirmar ser ele descendente do mestre de campo Sebastião Ferreira Albernaz. Casou na capela de Santana do Garambéu, termo de Barbacena, porém ligado ao Turvo (30 km), com Mariana Victória de Jesus, por volta de 1810. Mariana Vitória de Jesus, nascida e batizada na capela de Santana do Garambéu,  filha de Vitoriano Moreira de Castilho,