Pular para o conteúdo principal

TRONCOS URUCUIANOS 1: ALVES BRANDÃO



Por José Aluísio Botelho
Eduardo Rocha

Nos sertões do Urucuia, pontificou na ficção, o célebre jagunço das Gerais, Riobaldo Tatarana, homem de muitas guerras, eternizado nas páginas do maior romance regionalista brasileiro “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa. Através de seu personagem em conversa com seu compadre Quelemém, descreve o Urucuia: O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira de dele tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata a mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. Os gerais corre em volta… O sertão está em toda a parte, descreve o escritor através de seu personagem Riobaldo.
O povoamento da região do Urucuia está umbilicalmente ligado aos chamados “Currais” da Bahia e do norte de Minas Gerais, vinculados a criação de gado pelas poderosas famílias Garcia d'Ávila, Guedes de Brito, Cardoso de Almeida, Cerqueira Brandão e outras de menores cabedais, bem como as descobertas de ouro em Goiás e Paracatu, noroeste de Minas. Ao longo do século dezoito, a ocupação dos espaços se deu inicialmente com a instalação dos já mencionados “currais de gado” tanto na Bahia, quanto na região do médio e alto São Francisco, a partir da Carinhanha e da freguesia do Rio grande do Sul (Barra, BA) até São Romão. Esse processo migratório ocorreu lentamente, e somente teve uma aceleração com o incremento dos garimpos, a chamada “corrida do ouro”. Os grandes fazendeiros, na expectativa de expansão de seus negócios, pequenas famílias de agricultores, mercadores, aventureiros e que tais. A porta de entrada foi a vila Risonha de São Romão (belo nome, porquê não conservaram?), incrementada com a criação dos arraiais ao longo da estrada que levava a Goiás; a outra vertente colonizadora partiu de Paracatu, quando dezenas de famílias desiludidas com a extração de ouro, para lá se dirigiram. Estas famílias colonizadoras são os verdadeiros fundadores dessas povoações que iam surgindo com o passar do tempo: Morrinhos, a primeira delas (atual Arinos), Lages (Bonfinópolis), Contendas (Brasília de Minas) e Buritis, só para citar algumas. No entanto, a região ainda hoje apresenta baixa densidade demográfica, cidades de pequeno porte e pouco desenvolvimento econômico, apesar da fecundidade de suas terras e a generosa oferta de água dos seus rios, córregos e ribeirões. Last bust not east, a caracterização do tipo urucuiano se deu predominantemente a partir da aparência fenotípica do homem vivente nas confluências do oeste da Bahia, norte de Minas e Sul de Pernambuco, bem como do Piauí.
É nesse contexto que apresentamos uma singela memória genealógica, de certa maneira incompletas, de algumas dessas famílias pioneiras, iniciando com a família

ALVES BRANDÃO/BRANDÃO ALVES.

Casal tronco inicial: Manoel Brandão Alves e Isidora Monteiro Lira.
Filhos descobertos:
1 Pedro Brandão Alves, natural da freguesia de Santo Antônio da Manga (São Romão), bispado de Pernambuco; casou duas vezes: primeira vez com Felícia Maria da Silva, falecida Em 18/05/1814, quando foi inventariada. Senhores e possuidores das fazendas São Pedro, Santo Antônio e Serra de Cima, situadas no então arraial de Nossa Senhora da Pena de Buritis, distrito de Paracatu, Minas Gerais.
Inventário: 2ªvara – cx. 1814. Pedro Brandão Alves faleceu em 1827, cujo testamento foi aberto em 24/08 do dito ano, trechos transcritos abaixo:
"Traslado do testamento com que faleceu Pedro Brandão Alves.
Sou natural e baptizado nesta freguesia de Santo Antônio Da Manga, Bispado de Pernambuco, filho legitimo de Manoel Brandão e Izidora Monteiro Lima, já falecidos, fui casado, digo, fui primeiramente casado com Felicia Maria Da Silva… em segundo matrimonio com Maria Narcisa de Andrade.
Termo de abertura – aos vinte e quatro dias do mês de agosto de mil oitocentos e vinte e sette annos, nesta villa, comarca do Paracatu do Principe…
Filhos do primeiro leito (idades referidas no inventário da mãe):
1-1 Manoel Alves Brandão, 30 anos, casado na matriz da Pena de Buritis em 18/11/1800 com Maria de Anunciação Abadia de Ataíde, filha de Manoel de Sousa Cabral e de Maria Narcisa de Andrade;
1-2 Maria Brandão Alves, 28 anos; falecida por volta de 1826; casada na matriz de Nossa Senhora da Pena de Buritis em 08/09/1816 com Isidoro Luís Pinto, natural da freguesia de Itacambira, norte de Minas, antigo Arcebispado da Bahia, filho de Félix Luís Pinto e de Francisca Rodrigues Antunes. Sem descendentes.
Inventário de Maria Alves Brandão: 2ª Vara – cx. 1826/1827.
Isidoro Luís Pinto casou segunda vez: em 1837 ele comparece ao censo local, e declara ter 42 anos de idade, casado com Tomásia Maria de Jesus, de 37 anos; filha:
A – Maria, 3 anos;
1-3 Ana Brandão Alves, 25 anos; casada na matriz da Pena de Buritis em 28/04/1819 com Valério da Costa Barros, filho de Manoel dos Santos e de Ana Maria; em 1840 ele declara ter 50 anos, viúvo, de tez parda; não descobrimos descendência;
1-4 João Alves Brandão, 20 anos; casado na matriz da Pena de Buritis em 16/06/1815 com Ana de Sousa Cabral, filha de Manoel de Sousa Cabral e de Maria Narcisa de Andrade; foram moradores na fazenda Serra de Cima. João Brandão Alves faleceu em 14/07/1836.
Inventário de João Alves Brandão: 2ª Vara – Cx. 1835/1836.
Filhos (idades referidas no inventário do pai):
1-4-1 Maria, 21 anos;
1-4-2 Joana, 29 anos; casada com Domiciano Antônio de Oliveira;
1-4-3 Ana, 16 anos;
1-4-4 Custódia, 13 anos;
1-4-5 Maria, 2 anos;
1-5 Apolinário Brandão Alves, 19 anos; casado na matriz da Pena de Buritis em 20/05/1818, com Rosa Maria Pais da Costa, filha de Raimundo Pais da Costa e de Maria Correia. Morador no Urucuia, fazendas Santo Antônio do Roçado e Palmeiras. Apolinário faleceu em 05/10/1825.
Inventário de Apolinário Alves Brandão: 2ªvara – Cx.1830/1832.
Filhos:
1-5-1 Manoel Alves Brandão;
1-5-2 Maria Alves Brandão;
1-5-3 Boaventura Alves Brandão;
1-5-4 Senhorinha, 4 anos; Senhorinha Alves Brandão, que foi casada com Benedito Brandão Alves, filho de José Luiz Brandão e de Nicácia Maria de São José – este casal comparece ao censo de Buritis, em 1837, e declaram as idades: ele com 43 anos; ela com 36 anos e o filho Benedito com 14 anos;
Inventário de Benedito Brandão Alves: 1ªVara – cx. I-03A.
1-6 Francisca Brandão Alves, 16 anos, casada na matriz da Pena de Buritis em 12/01/1822 com Jacinto Pires Martins, falecido em 19/01/1837, natural de Contendas (atual Brasília de Minas), antigo Arcebispado da Bahia.
Inventário: 2ª Vara – cx. 1837.
Foi casado duas vezes: em 1ª núpcias com Francisca Xavier de Oliveira.
Em 2ª núpcias com Francisca Alves Brandão, com 45 anos em 1837, viúva, fazendeira (censo).
Filhos do segundo leito (idades referidas no inventário do pai):
1-6-1 Valentim, 12 anos;
1-6-2 Joaquim, 11 anos;
1-6-3 João, 10 anos;
1-6-4 Ludovico, 9 anos;
1-6-5 Senhorinha, 8 anos;
1-6-6 Maria, 3 meses, falecida;
1-7 Felícia Maria Brandão, 17 anos; casada na matriz da Pena de Buritis em 22/08/1820 com Joaquim Caldeira Brant, natural de Santo Antônio do Tejuco (Diamantina), arcebispado de Mariana.
Filhos descobertos:
1-7-1 Maria, 16 anos em 1837;
1-7-2 Eduardo, 14 anos em 1837;
1-7-3 Cândido Caldeira Brant, casado em 27/06/1871 com 42 anos com Inocência Maria da Silva, filha de Narciso Pedro da Silva e de Carolina Maria de Araújo;
1-7-4 Na Dúvida, Antônia Caldeira Brant, com 23 anos em 1837, solteira parda, analfabeta (censo);
1-8 Felipa Alves Brandão, 17 anos, (gêmea de Felícia) casada na matriz da Pena de Buritis em 26/04/1818 com Félix Luís Pinto, natural de Itacambira, norte de Minas, antigo Arcebispado da Bahia;
1-9 Rosa Brandão Alves, 11 anos, casada na matriz da Pena de Buritis em 20/05/1818 com Manoel Pais da Costa, filho de Raimundo Pais da Costa e de Maria Correia; no censo de 1837 ele declara ter 45 anos, pardo; ela com 37 anos, branca; ambos sabiam ler e escrever; moradores na fazenda Palmeiras. Manoel já era falecido em 1860.
Inventário de Manoel Pais da Costa: 2ª Vara – Cx.1860.
Filhos:
1-9-1 (na dúvida)Félix Pais da Costa. casa-se em Buritis em 05/07/1866 com Felipa Pais da Costa, filha legitima de Eleutério José de França e de Joaquina Pais da Costa;
1-9-2 (na dúvida)Cleto Pais da Costa;
1-9-3 (na dúvida)Norberto Pais da Costa;
Filhos declarados no censo de Buritis (1837):
19-4-José Pais da Costa, 18 anos;
1-9-5 Estevão Pais da Costa, 16 anos;
1-9-5 Joaquina Pais da Costa, 14 anos;
1-9-6 Manoel Joaquim e Joaquim Manoel Pais da Costa, gêmeos, 12 anos;
1-9-7 Cirilo Pais da Costa, 9 anos
1-9-8 Ana Pais da Costa, 8 anos;
1-9-9 Antônio Pais da Costa, 6 anos;
1-9-10 Genoveva, 2 anos;
1-10 Custódio Alves Brandão, 7 anos; casado na matriz da Pena de Buritis em 29/06/1823 com Joaquina de Sousa Cabral, filha de Manoel de Sousa Cabral e de Maria Narcisa de Andrade. Em 1837 declara ter 33 anos, branco, sabe ler e escrever; ela 32 anos, parda; sabe ler.
Filho descoberto:
1-10-1 Marcelino Alves Brandão, casado em 04/05/1868 em Buritis com Vicência Ferreira Prado, filha legitima de Ladislau Ferreira Prado e de Belisária Carolina Soares de Souza.
1-10-2 Joana, 10 anos;
1-10-3 Benedito, 5 anos;
1-10-4 Sebastião, 4 anos;
1-10-5 Antônio. 1 ano;
1-11Josefa Alves Brandão, 23 anos; casada com José do Rego Andrade, sem mais notícias;
Pedro Brandão Alves, casa-se segunda vez com Maria Narcisa Andrade, viúva de Manoel da Costa Pais. Narcisa vivia em 1837, com 62 anos de idade.
Filho único:
1-12 Júlio, 9 anos; Júlio Antônio Brandão, falecido em 17/06/1865; foi casado com Tomásia Pereira da Cunha, filha natural de Ana Cardoso Vieira, sem descendência. Moradores na fazenda Bom Retiro, Distrito de Buritis.
Inventário: 1ª Vara cx. I-25.
1-13 Adão Brandão Alves, filho natural.
Inventario 2ª Vara 1830/1832:
Dizem Joaquim Caldeira Brant e Manoel Pais da Costa, herdeiros do falecido Pedro Brandão Alves, que a sua viúva cabeça do casal do dito falecido, Maria Narcisa Andrade, na declaração que fez dos herdeiros do mesmo no respectivo inventario, declarou a Adão Brandão Alves por filho natural do falecido inventariado, cuja declaração deve ficar sem efeito, porque, do testamento solene com que faleceo o dito Pedro Brandão Alves não consta que o declarasse no numero de seus herdeiros; portanto requerem os suplicantes não seja servido mandar que os partidores no acto das partilhas a que vai se proceder, não contemplem os supostos suplicantes filhos de Adam Brandam, por herdeiros de Pedro Brandam, visto a ilegalidade com que foram declarados. informe o escrivão sobre o alegado. Paracatu 25 de Junho de 1830. Morais”.

2 Gonçalo Brandão Alves, falecido Em 27/09/1824; foi casado com Fulana de Tal – se ignora o nome da esposa, não relatado no inventário.
Morador na fazenda Santo Antônio, Urucuia.
Inventário: 2ª Vara - cx. 1824/1825.
Filhos (idades referidas no inventário do pai):
2-1 Isidoro Brandão Alves, 51 anos;
2-2 João Brandão Alves, Casado, 49 anos; pardo, vaqueiro; em 1837 estava casado com Joana Batista Gonçalves, de 54 anos. Filhos em companhia dos pais:
2-2-1 Tomás, com 25 anos;
2-2-2 Manoel, com 19 anos;
2-2-3 Antônio, com 18 anos;
2-2-4 Maria, com 16 anos;
2-3 Manoel Brandão Alves; foi casado com Úrsula Maria das Virgens, naturais de São Francisco, MG.
Filhos:
2-3-1 Gonçalo Brandão Alves ou de Assumpção, natural de São Francisco, MG, com 32 anos em 1837 (censo) e falecido em 24/11/1891; moradores na fazenda de Santa Maria, distrito de Lages, comarca de Paracatu.
Inventário: 2ªVara – 1894.
Casou duas vezes:
Primeira vez com Josefa Maria de Faria, com 36 anos em 1837 (censo); falecida em 24/01/1850.
Inventário:2ªVara – cx. 1852/53.
Segunda vez com Feliciana Leite de Faria, sem descendentes.
Filhos do primeiro leito:
2-3-1-1-Pedro Alves, 8 anos; foi casado; já era falecido em 1894; filhos:
2-3-1-1-1 Maria Brandão, com 25 anos; casada com Nicolau Marques Machado;
2-3-1-1-2 Firmino Brandão de Faria, 33 anos; casado Eufrásia da Fonseca e Melo;
2-3-1-1-3 Aleixo Brandão de Faria, casado com Ana Lisboa, falecidos por ocasião do inventário; filha:
2-3-1-1-3-1 Joana, com 4 anos;
2-3-1-2 Ildefonso, 7 anos; sem mais notícias;
2-3-1-3 Roberta, 6 anos; sem mais notícias;
2-3-1-4 Cosme, 5 anos; Cosme Brandão de Faria, 59 anos; casado com Rosa da Fonseca e Melo;
2-3-1-5 Raimunda, 2 anos; Raimunda Brandão de Faria, casada com Inácio da Fonseca e Melo
2-3-1-6 Benedito, 1 ano; Benedito Brandão de Faria, falecido em 26/04/1868; foi casado com Firmiana da Fonseca e Melo, falecida em 26/04/1869. Propriedades: São Pedro. Assa Peixe, Santa Maria e Almas.
Inventário: 2ªVara – cx.1869.
Filhos:
2-3-1-6-1 Lourença Brandão de Faria; foi casada com Januário Brandão, falecido em 1930. Sem descendência.
Inventário:1ªVara – cx. I-41.
2-3-1-6-2 Jorge Brandão de Faria; casado com Geralda Rodrigues da Silva;
2-3-1-6-3 Martiniano Brandão de Faria, falecido em 02/02/1905; foi casado com Ana Severino Botelho, falecida em 20/12/1936; moradores na fazenda Santa Maria e Almas.
Inventário: 2ª Vara – cx. 1937.
Inventário: 2ª Vara – cx. 1909.

transcrição do casamento:"Aos treze dias do mês de julho de 1894 na fazenda Santa Maria de propriedade de dona Feliciana de Faria Leite, celebrei o casamento de Martiniano Brandão de Faria com Anna Severino Botelho, elle filho legitimo de Benedicto Brandão de Faria e de Firmiana da Fonseca e Mello, já falecidos, e ella é filha legitima de Jose Severino Botelho e de Maria Felizarda da Fonseca, ambos naturais d'este districto de Santo Antonio das Lages do municipio de Paracatu, bispado de Diamantina, foram testemunhas presentes Damasio Nunes de Macedo e Cosme Brandão de Faria. e para constar lavrei os presentes termos em que os quais me assigno. Padre Francisco de Salles Peixoto."

Filhos:

1-1Ambrosina Brandão de Faria, já falecida; casada que foi com Faustino Luiz dos Santos. Filhos:

1-1-1 Maria Luíza dos Santos, 18 anos;

1-1-2 Martinha Luiz dos Santos, 14 anos;

1-1-3 Luiz dos Santos, 13 anos;

1-1-4 Camilo Luiz dos Santos, 12 anos;

1-1-5 Cândida Luiz dos Santos, 11 anos;

1-1-6 Divina Luiz dos Santos, 10 anos;

1-2 Deocleciano Brandão de Faria, solteiro;

1-3 Minervina Brandão de Faria; casada com Manoel Luiz Brandão;

1-4 Gerosina Brandão de Faria, 36 anos;

1-5 Zeferina Brandão de Faria, 35 anos, solteira;

1-6 Romana Brandão de Faria, 35 anos, solteira;

1-7 Lavínia Brandão de Faria, 34 anos solteira;

2-3-1-6-4 Patrícia Brandão de Faria; foi casada com Damásio Nunes de Macedo.
Aos 03/11/1880 casou na capela de Santo Antônio das Lages, Dámaso Nunes de Macedo, filho legítimo de Libânia Pereira Salgado, natural de São Romão, com Patricia Faria Brandão filha legítima de Benedito Faria Brandão e de Firmiana da Fonseca e Melo”.
Filha:
2-3-1-6-4-1 Simplícia Nunes de Macedo;
2-3-1-6-5 Saturnino Brandão de Faria;
2-3-1-6-6 Maria Brandão de Faria;
2-3-1-6-7 Henrique Brandão de Faria;
2-3-1-7 Ana Brandão de Faria; foi casada com José Resende;
Filhos:
2-3-1-7-1 Inocêncio de Resende, 35 anos; casado com Maria de Tal, moradores no distrito de Morrinhos (atual Arinos);
2-3-1-7-2 Raimundo de Resende, 22 anos;
2-3-1-7-3 Benedito de Resende, 18 anos;
2-3-1-7-4 Antônio de Resende, 16 anos;
2-3-1-7-5 Laurinda de Resende; foi casada com José Eustáquio; filha:
2-3-1-7-5-1 Roberta Eustáquio, 8 anos; moradora no distrito de Lages.

2-3-2 Hipólito Brandão Alves, 18 anos; em 1837 estava casado com Frutuosa Alves Pereira, de 25 anos;
2-4 Ana Maria Brandão; casada que foi com José Barbosa Lobo, ambos já falecidos por ocasião do inventário.
Filhos:
2-4-1 Ana Maria Brandão, 18 anos, falecida solteira;
2-4-2 Manoel Barbosa Lobo, 26 anos.

Fontes:
1 Inventários e testamentos citados no texto, sob a guarda do Arquivo Público de Paracatu;
2 Arquivo Público Mineiro – Mapas de População – Censo (1837/1839) de Buritis, Arinos;
3 Livros paroquiais da matriz de Paracatu.






Comentários

  1. Dr. José Aluísio Botelho, aproveito esse espaço para externar meus agradecimentos por dispor do seu precioso tempo para responder minhas questões acerca da família Brandão. Abraços

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas

DONA BEJA E AS DUAS MORTES DE MANOEL FERNANDES DE SAMPAIO

Por José Aluísio Botelho A história que contaremos é baseada em fatos, extraídos de um documento oficial relativo a um processo criminal que trata de um assassinato ocorrido na vila de Araxá em 1836. O crime repercutiu no parlamento do império no Rio de Janeiro, provocando debates acalorados entre os opositores do deputado e ex-ministro da justiça, cunhado do acusado, como se verá adiante. Muitos podem perguntar porque um blog especializado em genealogia paracatuense, está a publicar uma crônica fora do contexto? A publicação deste texto no blog se dá por dois motivos relevantes: primeiro, pela importância do documento, ora localizado, para a história de Araxá como contraponto a uma colossal obra de ficção sobre a personagem e o mito Dona Beja, que ultrapassou suas fronteiras se tornando de conhecimento nacional. Em segundo lugar, porque um dos protagonistas de toda a trama na vida real era natural de Paracatu, e, portanto, de interesse para a genealogia paracatuense, membr

FAZENDAS ANTIGAS, SEUS DONOS E HERDEIROS EM PARACATU - 1854 E 1857.

Por José Aluísio Botelho                A LEI DE TERRAS DE 1850 Desde a independência do Brasil, tanto o governo imperial, como os governos republicanos apresentaram inúmeros projetos legislativos na tentativa de resolver a questão fundiária no Brasil, bem como regularizar as ocupações de terras no Brasil. A lei da terra de 1850 foi importante porque a terra deixou de ser um privilégio e passou a ser encarada como uma mercadoria capaz de gerar lucros. O objetivo principal era corrigir os erros do período colonial nas concessões de sesmarias. Além da regularização territorial, o governo estava preocupado em promover de forma satisfatória as imigrações, de maneira a substituir gradativamente a mão de obra escrava. A lei de 1850, regulamentada em 1854, exigia que todos os proprietários providenciassem os registros de suas terras, nas paróquias municipais. Essa lei, porém, fracassou como as anteriores, porque poucas sesmarias ou posses foram legitimadas, e as terras continuaram a se

LIVRO DE GENEALOGIA PARACATUENSE

Apresentamos aos nossos leitores, em formato impresso e também no e-book, livro que conta de maneira resumida a história de Paracatu, bem como a genealogia da família Botelho e suas alianças com as principais troncos familiares que lá fincaram raízes, bem como as trajetórias de ascensão social, política e econômica desses grupos familiares hegemônicos. Clique na imagem abaixo para adquirir o livro na Amazon.com Clique aqui para visualizar uma prévia do livro.

SUBSÍDIOS GENEALÓGICOS: OS COSTA PINTO - UM TRONCO

Por José Aluísio Botelho Colaborou Eduardo Rocha Família pioneira no arraial do ouro, formadora da elite local e que floresceu durante o decorrer do século XIX. Iniciou-se com as uniões de João da Costa Pinto e D ona Domingas Rodrigues da Conceição, e do coronel Antonio José Pereira** e dona Maria Tereza de Castro Guimarães. Desses casais, nasceram dentre outros, Antonio da Costa Pinto e dona Francisca Maria Pereira de Castro, que se casaram no milésimo do século XVIII. *Nota: o coronel Antonio José Pereira foi administrador dos Dízimos entre 1789 e 1807; faleceu em 1812. O coronel Antonio da Costa Pinto nasceu em Paracatu por volta de 1775 e aí faleceu a 06 de agosto de 1827. Na política local foi aliado dos Pimentéis Barbosa, tendo sido ouvidor interino da vila de Paracatu do Príncipe em 1820, época de grandes turbulências na política local, bem assim em todo o Brasil, precedendo a independência. Deixou grande fortuna: Olímpio Gonzaga, que parece ter tido acesso ao inventári

CONEXÃO PARACATU/CRISTALINA - UMA FAMÍLIA PIONEIRA: OS BITTENCOURT ESMERALDO

POR JOSÉ ALUÍSIO BOTELHO Bèttencourt – sobrenome de raiz toponímica, originário da Normandia, França, adotado pelos senhores de Bèttencourt e Granville. No século XV, membros da família imigram para as ilhas Canárias na Espanha e daí, passam à ilha da Madeira, e, por fim, para os Açores. Para o Brasil, ao longo dos séculos após o descobrimento, vieram inúmeros portadores do sobrenome em busca de melhores condições de vida. A corrupção do sobrenome se deu sobretudo no Brasil colônia, onde encontramos as variantes: Bittencourt, Bitencour, Bitencur, Bitancor, etc. Esmeraldo – sobrenome surgido na ilha da Madeira, situando-se entre as principais e tradicionais da freguesia da Ponta do Pargo, concelho de Calhetas. Parece ter desaparecido na descendência em Goiás. Em meados do século dezenove o madeirense Ayres Bettencourt Esmeraldo deu com os costados no sertão do noroeste de Minas, Paracatu, onde casou com uma filha da terra. Posteriormente, o casal muda para a província de Goiás

ACHEGAS AS "MEMÓRIAS GENEALÓGICAS E HISTÓRICAS DA FAMÍLIA CALDEIRA BRANT"

Por José Aluísio Botelho Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu (leia sobre ele in fine), escreveu na segunda metade do século XIX, obra manuscrita até hoje não publicada, intitulada “Memórias Genealógicas e Históricas da Família Caldeira Brant e Outras Transcripcõens e Originaes”, em que descreve a genealogia e a história da família desde sua origem na Bélgica no século XIV, passando por Portugal até chegar no Brasil em fins do século dezessete, início do dezoito. O conde linhagista em seu códice, teve o cuidado de fazer transparecer a verdade genealógica em s uas pesquisas: discorre sobre a origem dos Van Brant em Anvers (francês) = Antuérpia, baseada em fontes secundárias, faz conjecturas acerca do nome Van Brant em analogia aos duques de Brabant e a possível origem bastarda, ilegítima dos Brant . Com breves referências sobre o tronco português, passa ao Brasil, aonde aprofunda as investig ações de seu ramo genealógico paterno , bem com o dá ênfase à s suas orig